Sobrevoo mostra árvores arrancadas, destelhamentos e outros estragos causados por microexplosão em Chapecó; VÍDEO


Ventos chegaram a 90 km/h e pelo menos 79 casas foram atingidas. Não houve feridos ou desalojados, mas produtores tiveram prejuízos e 13 mil aves morreram. Sobrevoo mostra estragos causados por microexplosão em Chapecó, SC
Um sobrevoo feito pela Defesa Civil de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, mostrou os estragos causados pela microexplosão registrada no sábado (19) na cidade. As imagens (assista acima) mostram destelhamentos e árvores que foram arrancadas pelas raízes.
A microexplosão, confirmada pela Defesa Civil, ocorreu na manhã de sábado. Os ventos chegaram a 90 km/h e pelo menos 79 casas foram atingidas. Não houve feridos ou desalojados, mas os produtores tiveram prejuízos e mais de 13 mil aves morreram em um único aviário.
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Sobrevoo mostra imóveis destelhados após microexplosão em Chapecó, SC
Reprodução/Defesa Civil
A microexplosão ocorreu após uma combinação da atuação de áreas de baixa pressão e aproximação de uma frente fria, que trouxe mudanças no tempo na região Oeste do estado. O temporal atingiu principalmente a região Norte de Chapecó.
Equipes da Defesa Civil e Assistência Social trabalharam na entrega de lonas e telhas. Os estragos ainda são contabilizados.
“Os prejuízos, principalmente na agricultura, foram de elevada monta”, resumiu o secretário de Defesa Civil de Chapecó, Walter Parizotto.
No interior, a comunidade de Linha Tormen foi a mais atingida. Um aviário de 1,2 mil m² foi completamente destruído pelo vento. Mais de 13 mil aves morreram.
“A perda é grande. A gente tem seguro, no caso, mas nunca vai cobrir o que não vai dar para reconstruir”, lamentou o avicultor Loacir Tormen.
Em outro aviário, uma caixa d’água de 10 mil litros foi levada pelo vento, atingiu o telhado e ficou em pedaços. Em outra parte da cidade, em um terreno, as árvores foram arrancadas pelas raízes.
O morador Antônio Folle relatou o medo no momento do temporal.
“Eu moro aqui há 65 anos. Nunca tinha visto coisa igual. Chuva, pedra, um vento. Era um ronco só da das pedras e da chuva. Era de assustar até os os bichos”, resumiu.
Estufas para o cultivo de hortaliças foram destruídas em toda a região. Produtores relatam prejuízos de mais de R$ 50 mil.
O total de estragos e prejuízos é levantado pela Defesa Civil. A microexplosão foi registrada às 5h45 de sábado. O Corpo de Bombeiros precisou fazer o corte de 14 árvores e quatro rolos de lona foram entregues aos moradores afetados.
Morador de Chapecó Antônio Folle diante de árvore arrancada pela raiz por microexplosão
Reprodução/NSC TV
Aviário é totalmente destruído por microexplosão e mais de 13 mil aves morrem em Chapecó, SC
Reprodução/NSC TV
Caixa d’água foi destruída e levada pelo vento em microexplosão em Chapecó, SC
Reprodução/NSC TV
Microexplosão atingiu área específica em Chapecó, SC, na área Norte da cidade
Defesa Civil/Divulgação
O que é uma microexplosão?
De acordo com a Defesa Civil, o fenômeno ocorre quando uma nuvem de tempestade não consegue suportar o volume de água em seu interior.
Toda essa água cai de uma vez, causando forte corrente de vento da nuvem em direção ao chão, concentrada em uma pequena área, e gerando fortes rajadas de vento em superfície.
Previsão do tempo
Para este domingo (20), a previsão indica a presença de nuvens em todas as regiões catarinenses, informou a Defesa Civil. No decorrer do dia, uma massa de ar seco e frio avança pelo estado, na retaguarda da frente fria que se desloca para o mar.
À tarde, as máximas não passam dos 25°C na maior parte do estado. Os ventos sopram predominante de Sul no litoral, enquanto sopram fracos e sem direção predominante no interior.
A segunda (21) deverá ser de tempo estável e com predomínio de sol em todas as regiões, por influência da massa de ar seco na região.
Nas áreas litorâneas ainda se observa períodos de nebulosidade, devido ao transporte de umidade do mar para o continente. Com exceção do Oeste, as temperaturas no período da tarde não passam dos 22°C.
Não há riscos para ocorrências meteorológicas. Os ventos devem atuar com intensidade fraca e sem direção predominante.
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