
Advogado diz que Talysson Duarte está à disposição, mas que não foi chamado ainda para prestar depoimento. Nesta terça-feira (22), Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente na 1ª Delegacia Regional. Talysson Duarte ainda não foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o acidente
Arquivo pessoal
O autônomo Talysson Duarte, de 28 anos, alega ter perdido o controle da caminhonete que dirigia quando atingiu três motocicletas na Via Verde, em Rio Branco, após o veículo aquaplanar na pista. A informação é do advogado Emerson Costa, que defende o condutor.
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🔎 A aquaplanagem acontece quando, ao passar por uma pista molhada, o pneu do veículo perde o atrito com o solo, fazendo com que o condutor perca a direção.
“Reforçamos ainda que, no momento do acidente, o acusado permaneceu no local, realizou o teste do bafômetro, que atestou resultado negativo para álcool, e em nenhum momento tentou se evadir ou omitir informações. O local do acidente, inclusive, é conhecido por histórico de aquaplanagem, o que reforça a necessidade de apuração técnica cuidadosa, sem pré-julgamentos”, argumentou o advogado.
O motorista ainda não se apresentou em nenhuma delegacia até esta terça-feira (22). A Polícia Civil informou, nesta terça, que instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente na 1ª Delegacia Regional.
Carpegiane Lopes (esq.) e Macio da Silva (dir.), funcionários da Empresa VIP, morreram na batida na Via Verde
Reprodução
O acidente ocorreu na última quinta-feira (17) no km 132, próximo a 3ª Ponte. Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local da batida. No domingo (20) Carpegiane Freitas Lopes também não resistiu e morreu na UTI do pronto-socorro.
Os dois homens eram funcionários da Empresa de Vigilância VIP e voltavam de um serviço no Segundo Distrito, juntamente com o colega Fábio Farias de Lima.
Fábio está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com diversas fraturas. A quarta é Raiane Xavier, que já recebeu alta e está em casa se recuperando.
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Ao g1, o advogado afirmou que o motorista está à disposição da polícia. Contudo, ainda não foi chamado para prestar depoimento sobre a batida. A defesa diz que procurou a Delegacia de Flagrantes (Defla) no dia seguinte ao acidente e protocolou um requerimento destacando que Talysson estava disponível.
“Na ocasião, o próprio delegado orientou que, como não se tratava de flagrante, a atribuição não era da Defla, mas sim da delegacia regional e que os trâmites somente poderiam ser iniciados após o feriado, na terça-feira seguinte”, afirmou.
Nesta terça, Emerson explicou que foi até a Delegacia da 2ª Regional, na Cidade do Povo, e foi orientado a ir na 1ª regional. A defesa diz que foi protocolado um novo requerimento.
“Importante destacar também que, além das diligências junto à Polícia Civil, a defesa protocolou requerimento diretamente no setor administrativo da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), reforçando a disposição do acusado em colaborar com todas as autoridades envolvidas”, confirmou.
Abalado
Ainda segundo o advogado, Talysson está bastante abalado com o acidente e aguarda a finalização do inquérito policial para procurar os familiares das vítimas.
Também nesta terça, Emerson Costa ressaltou que um servidor da Polícia Civil entrou em contato solicitando o endereço e telefone do motorista.
“Fomos nas delegacias, colocamos ele à disposição e os delegados disseram que não era caso de plantão. Aconteceu aquaplanagem do veículo e por isso perdeu o controle. Está bastante abalado, mas confiante e a disposição das autoridades”, concluiu.
Carro ficou parado às margens da rodovia
Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre
Motorista foi liberado
No dia do acidente, a PRF foi chamada, isolou a área e acionou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML).
À Rede Amazônica Acre, a equipe policial que estava na ocorrência informou que retirou o motorista do local com medo de represálias, mas que ele seria apresentado na Delegacia de Flagrantes (Defla) para depoimento e demais procedimentos.
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Ainda no local do acidente, a PRF disse que pegou os dados do motorista e o depoimento, porém, por conta da comoção e do baixo efetivo, ‘permitiu que Talysson deixasse o local’. Com isso, o motorista não foi apresentado na delegacia no dia do acidente, sendo liberado.
Após o acidente, a PRF alegou que o motorista suspeito de atingi-lo e outros dois motociclistas foi liberado por possível risco à sua integridade por conta da revolta no local.
Conforme a PRF, o motorista fez o teste do bafômetro, apresentou a documentação necessária e foi liberado por medo de represálias de conhecidos das vítimas.
A corporação contestou ainda a alegação de que o suspeito foi protegido por supostamente ser integrante de forças de segurança.
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