Conselheiro de Segurança Nacional de Trump vai deixar o cargo, diz imprensa americana


Waltz foi responsabilizado por adicionar acidentalmente o editor da revista The Atlantic a um grupo privado onde eram discutidos detalhes sobre ataques aéreos dos EUA no Iêmen. O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz em 05/03/2025
REUTERS
O conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Mike Waltz, deixará o cargo após um escândalo no qual um jornalista foi acidentalmente incluído em uma conversa sobre ataques aéreos no Iêmen, informou a imprensa americana.
O vice de Waltz, Alex Wong — especialista em Ásia que foi funcionário do Departamento de Estado com foco na Coreia do Norte durante o primeiro mandato de Trump — também está deixando o posto, disseram duas pessoas à Reuters.
Waltz e seu vice, Alex Wong, deixarão seus cargos, informou a CBS News. De acordo com a Fox News, Trump fará uma declaração em breve sobre estas demissões.
A Casa Branca ainda não fez comentários. O Conselho de Segurança Nacional não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Ainda não está claro quem irá substituir Waltz, mas uma das opções seria o enviado especial dos EUA Steve Witkoff, que tem atuado tanto na diplomacia entre Rússia e Ucrânia quanto no Oriente Médio, segundo uma das fontes.
O que aconteceu
Ex-deputado republicano da Flórida, de 51 anos, Waltz enfrentou críticas dentro da Casa Branca após se envolver em um escândalo, em março, relacionado a um grupo de conversa no aplicativo Signal entre os principais assessores de segurança nacional de Trump.
Waltz foi responsabilizado por adicionar acidentalmente o editor da revista The Atlantic a um grupo privado onde eram discutidos detalhes sobre uma campanha de bombardeios dos EUA no Iêmen. A própria The Atlantic noticiou o erro.
Em uma reunião de gabinete subsequente, com Waltz presente na sala, Trump manifestou sua preferência por conduzir esse tipo de conversa em ambientes seguros com paredes blindadas — um sinal claro de sua insatisfação.
No entanto, ele e outros na Casa Branca demonstraram confiança em Waltz naquele momento.
Contudo, a polêmica envolvendo o Signal não foi a única mancha no histórico de Waltz.
Uma pessoa familiarizada com a dinâmica interna do gabinete afirmou que Waltz era considerado excessivamente belicista para o estilo mais avesso a guerras de Trump e era visto como ineficaz na coordenação da política externa entre diferentes agências — uma função essencial do assessor de segurança nacional.
“O sistema não está funcionando corretamente sob o comando de Waltz”, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.
O cargo de assessor de segurança nacional é bastante influente, mas não exige confirmação pelo Senado.
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