
Morte foi confirmada por familiares. Mânica sofreu uma queda na unidade de saúde em abril e precisou passar por uma cirurgia de emergência, segundo a família. Ele, que era ex-prefeito da cidade do Noroeste de Minas, foi condenado a 89 anos de prisão pelo crime. ‘Chacina de Unaí’: Antério Mânica se entrega à polícia
Reprodução/TV Globo
Antério Mânica, um dos condenados pela chacina de Unaí e ex-prefeito da cidade do Noroeste de Minas, morreu na manhã desta quinta-feira (15), em Brasília (DF). A informação foi confirmada pela família.
Antério tinha 77 anos e estava internado no Hospital Sírio Libanês, na capital federal. Em abril deste ano, ele teve traumatismo craniano após cair dentro da unidade de saúde e precisou passar por uma cirurgia de emergência, segundo familiares.
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O ex-político fazia tratamento contra um câncer no pâncreas, além de ter diabetes e pressão alta.
Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Pena e prisão
Em novembro de 2015, Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão por matar três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e um motorista que estava com as vítimas. No entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou um novo julgamento.
Em maio de 2022, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão por quádruplo homicídio triplamente qualificado, com direito a recorrer em liberdade.
Em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou, de 64 para 89 anos, a pena de Mânica e determinou também a execução imediata da punição.
Em setembro de 2024, ele se entregou à Polícia Federal, em Brasília, após a justiça determinar prisão imediata dele e do irmão, Norberto Mânica, também condenado pela Chacina de Unaí. Em novembro do mesmo ano, Mânica teve autorização para cumprir prisão domiciliar por questões de saúde.
Sobre a chacina
O crime conhecido como “Chacina de Unaí” ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando auditores fiscais do trabalho, que investigavam denúncias de trabalho escravo, e o motorista que os acompanhava foram assassinados em uma emboscada.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram mortos na região rural de Unaí.
Os irmãos Antério Mânica, que é ex-prefeito da cidade, e Norberto Mânica foram condenados como os mandantes do crime.
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Reprodução/TV Globo
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