Cantando ‘como nunca’: o que esperar da nova turnê de Vanessa da Mata


Festival João Rock, em Ribeirão Preto, é uma das paradas do novo show ‘Todas Elas’. Mato-grossense é uma das atrações do palco Aquarela. Cantando como nunca, metais: Vanessa da Mata fala sobre nova turnê ‘Todas Elas’
Maturidade autoral e vocal, brasilidade em várias facetas femininas e uma mensagem forte são alguns dos ingredientes que devem contagiar o público de Vanessa da Mata no João Rock, um dos principais festivais de música do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) no próximo dia 14 de junho.
O palco “Aquarela”, um dos espaços do evento no interior de São Paulo, é uma das paradas da nova turnê do álbum “Todas Elas”, recém-lançado nas plataformas digitais com 11 canções autorais e que já acumula milhões de ouvintes no Spotify.
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“Eu acho que, pra mim, eu tô falando muito sério, pra mim é um dos melhores discos da minha carreira. Eu acho que eu estou cantando como nunca, porque a gente veio de uma preparação vocal intensa”, disse a artista, em uma live para fãs no seu Instagram.
Vanessa da Mata abre parcerias no 11º álbum da artista, ‘Todas elas’
Priscila Prade / Divulgação
‘Minhas casquinhas femininas’
Vanessa tem mais de 20 anos de carreira, uma legião de fãs e grandes sucessos, inclusive o da última turnê do projeto “Vem Doce”, indicado ao Grammy Latino na categoria “melhor álbum de música popular brasileira”.
Em “Todas Elas”, seu 11º álbum, ela aborda a complexidade feminina em diferentes ritmos, com referências que vão do reggae ao jazz, e com participações especiais como João Gomes, Robert Glasper e Jota.Pê.
“Todas elas porque eu me sinto nesse disco, sabe aquela bonequinha russa, a matriusca? Que é uma casquinha dentro da casquinha, dentro da casquinha. São todas essas minhas casquinhas femininas, é como se eu tivesse em um profundo Brasil mostrando esse feminino por todos os lados, e portanto, várias personalidades desse feminino”, afirmou.
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Um dos destaques é a canção “Esperança”, que apresenta uma mulher madura que afasta qualquer tentativa de posse no amor, mas sim uma busca pela incentivo, pela renovação e pela liberdade. “Essa música que fala sobre um amor maior que é o amor de estar vivo, que é esse amor difícil que a gente depois de tantos nãos da vida, a gente tem essa que o tempo todo se revigorar, se refazer.”
Em “Maria Sem Vergonha”, que abre o disco, Vanessa questiona as limitações dadas à espontaneidade da mulher.
“Ela tem uma necessidade de quebrar essas regras malditas, horrorosas, feias, sem nenhum motivo, a não ser o motivo de nos ter nas mãos, de nos dispersar da nossa real felicidade.”
No disco, Vanessa, que é do candomblé, também protesta contra a intolerância religiosa em “Eu te apoio em sua fé”, que fala da violência contra cultos de matriz africana. “Para quem conhece pessoas que são dessas religiões de matriz africana, mandem essa música para elas, porque é um gol de carinho mesmo, de apoio, de um abraço mesmo, sabe?”
Capa do álbum ‘Todas elas’, de Vanessa da Mata
Priscila Prade
No palco: peso dos metais e dos vocais
Ainda mantendo um mistério quanto a roupas e outros detalhes, Vanessa adianta que, quem for à turnê, vai sentir algumas melhorias importantes, a começar pelos metais, uma parte importante dos arranjos das canções.
O primeiro show da turnê será no Rio de Janeiro, no dia 24. Na sequência, Aracaju (SE), Salvador (BA), Ribeirão Preto, no João Rock, e São Paulo, estão entre as paradas confirmadas pela cantora.
Para ela, essa vontade em colocar instrumentos como o trompete já estava expressa em seu processo de composição.
“O que eu posso dizer é que é uma banda que eu tô muito orgulhosa e feliz, é uma banda grande, com metais, eu sempre compus pensando em metais. (…) São músicos extremamente talentosos, que eu adoro, é uma paz maravilhosa esse ensaio, todo mundo feliz, todo mundo querendo que a coisa seja o melhor possível pra todo mundo, em uma engrenagem que não para, e isso é muito importante também.”
Uma das grandes vozes femininas do país, Vanessa também garante estar melhor nessa nova etapa da vida. A preparação demandada para o recente musical “Clara Nunes – a tal guerreira”, segundo a cantora, proporcionou um maior controle das notas e da interpretação das canções.
“Se vocês notarem, ouvirem o disco, vocês vão entender que o canto está completamente diferente dos outros discos, e ele tem momentos de voz suavizada, mas que está dominada, tem momentos que a voz está mais forte, está dominada, tem momentos que a voz está mais sensual e que não falha, não falha no sentido da nota, e eu fico muito feliz de perceber, porque é um alívio depois de tantos anos você ter um trabalho vocal na sua mão.”
A cantora Vanessa da Mata, que acaba de lançar o álbum ‘Todas Elas’, é atração confirmada no João Rock, em Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/ Redes sociais
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