Ministério da Saúde fecha novo contrato de R$ 173 milhões com empresa para transporte aéreo na Terra Yanomami


Serviço é usado para levar equipes médicas, realizar remoções aeromédicas e transportar cargas em áreas de difícil acesso. Contrato é válido até maio de 2026. Bebê Yanomami estava acompanhado da mãe, de 14 anos
Caíque Rodrigues/g1 RR/Arquivo
O Ministério da Saúde fechou um novo contrato no valor de R$ 173 milhões com a empresa Voare Táxi Aéreo para transportes aéreos de equipes de saúde e insumos no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) no território indígena. O contrato tem vigência até maio de 2026.
A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última quarta-feira (21). A atualização do contrato, de acordo com a publicação, teve como objetivo o alinhamento ao teto orçamentário da pasta, sem alteração nas condições do serviço.
A maior terra indígena do Brasil só pode ser acessada por avião. A Voare Táxi Aéreo é responsável pelo transporte em aviões e helicópteros. Os voos atendem as finalidades de:
Transporte de equipes médicas e de saúde;
Remoções aeromédicas;
Envio de cargas comuns e perigosas;
Apoio a ações administrativas e operacionais.
Desde que foi declarada a emergência em saúde na região, em 2023, a Voare é única empresa de aviação que presta o serviço para a Saúde Yanomami.
A companhia é do empresário Renildo Lima, marido da deputada Helena da Asatur (MDB), flagrado e preso pela Polícia Federal (PF) em setembro de 2024 com dinheiro escondido na cueca.
Terra Yanomami
Dois anos do decreto de emergência na Terra Yanomami.
Arte g1
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial. Localizado no Amazonas e em Roraima, o território abriga 31 mil indígenas, que vivem em 370 comunidades. O povo Yanomami é considerado de recente contato com a população não indígena e se divide em seis subgrupos de línguas da mesma família, designados como: Yanomam, Yanomamɨ, Sanöma, Ninam, Ỹaroamë e Yãnoma.
O território está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal, a partir da posse de Lula (PT), começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
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