Justiça mantém prisão de Claudinho Serra e outros dois investigados por fraudes em licitações


Suspeitos de participação em esquema na prefeitura de Sidrolândia passaram por audiência de custódia na manha desta sexta-feira (5). Determinação é de que prisão vai ocorrer em regime fechado. Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra
Divulgação
A justiça determinou nesta sexta-feira (6), em audiência de custódia, que sejam mantidas as prisões do ex-vereador Claudinho Serra (PSDB), do assessor Carmo Name Júnior e do empresário Cleiton Nonato Correia. Os três foram presos na quarta fase da Operação Tromper, que investiga fraudes a licitações e contratos administrativos na prefeitura de Sidrolândia.
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Segundo apurado pelo g1, o parlamentar deve ser encaminhado ao Centro de Triagem do Complexo Penitenciário, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Ele deve ficar preso em regime fechado e aguardará nova decisão em até 90 dias.
Operação Tromper
As prisões fazem parte da quarta fase da Operação Tromper. Claudinho Serra já havia sido preso em abril do ano passado, na terceira fase da operação. O ex-vereador retornou à prisão porque a organização criminosa, chefiada por Claudinho Serra, continuou operando mesmo após as fases anteriores da operação, segundo apurou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
O g1 não conseguiu contato com as defesas de Cleiton Nonato Correia e Carmo Name Júnior até a última atualização desta reportagem.
O advogado de Claudinho Serra disse que não foi comunicada a prática de crime e o ex-parlamentar segue sendo monitorado com uso de tornozeleira eletrônica desde abril do ano passado. Confira a nota na íntegra:
Cláudio Serra Filho está afastado da vida pública e não ocupa mais cargo político. Está sob monitoramento eletrônico, fazendo uso de tornozeleira desde 26/04/2024, ou seja, há 14 meses. Neste período não foi comunicada a prática de crime e não houve violação das medidas cautelares. Não existem motivos para uma nova ordem de prisão. A defesa aguarda ter acesso aos autos para se manifestar a respeito do conteúdo da investigação.
Quarta fase
Nesta fase são cumpridos três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. As investigações apontaram que houve contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação asfáltica, ou seja, a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Segundo o MPMS, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de propina a agentes públicos, além dos crimes atuais de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes.
A operação conta com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.
A primeira fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 contra esquema de corrupção no município de Sidrolândia. A investigação apontou a existência de um esquema de ações destinado à obtenção de vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal desde 2017.
Já a segunda fase da investigação foi deflagrada em julho do mesmo ano, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca a apreensão.
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