Hospital de Itumbiara realiza primeira captação para doação de órgão


No procedimento em questão, os médicos coletaram as córneas do doador. De acordo com o diretor técnico do hospital, o transporte do órgão foi realizado pela Força Aérea. Médicos transportam paciente que doará órgãos
Hélmiton Prateado/HEI
O Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos (HEI) fez sua primeira captação de órgãos para a doação, informou a Unidade de Saúde. O doador foi um homem de 49 anos que sofreu morte encefálica após um traumatismo craniano.
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A captação ocorreu na quinta-feira (4). De acordo com o diretor-geral do HEI, Victor Pessamiglio, o procedimento envolveu uma equipe formada recentemente específica para realizar os processos de coleta. Intitulada como Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), o time é composto por profissionais de diferentes áreas.
“Nós montamos uma comissão chamada Cihdott, que é multidisciplinar, ou seja, é formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas. Porque a partir do momento que nós identificamos o potencial doador, existem vários procedimentos que a equipe precisa fazer, como uma série de exames, além do contato com a família “, afirmou.
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No procedimento em questão, os médicos coletaram as córneas do doador, que foram transplantadas em um paciente goiano que aguardava na fila de espera pela doação. Para que essa entrega fosse possível, o diretor explicou que também foram seguidos caminhos logísticos que avaliaram, além da lista de espera pelo órgão, a distância e compatibilidade do paciente com a parte doada.
Transporte
Segundo o diretor-técnico do hospital, Agnaldo Rodrigues, a entrega a tempo para o paciente só foi possível com a ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB), que ficou responsável pelo transporte.
“O caminho nem seria problema. Vieram aviões da FAB fazer a captação. Acredito que exista uma fila de pessoas aguardando essa disponibilização”, explicou.
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Rodrigues explicou que, para que a doação seja feita com êxito, é preciso que cada uma das etapas do processo seja feita de forma ágil e precisa. O diretor técnico também afirmou que espera que novas captações sejam feitas no hospital.
“Cada engrenagem deve funcionar perfeitamente, e simultaneamente, para que seja possível. E o hospital ter demonstrado que tem esse fluxo funcionando abre portas para que ocorra novamente novas captações de órgãos. Estamos aptos”, pontuou.
Doação
Médicos realizam coleta de órgãos para a doação, em Goiás
Hélmiton Prateado/HEI
Sobre o plano de novas capitações, o diretor-geral destacou que o hospital tem expectativa de realizar um protocolo a cada três meses e incentivou que mais unidades de saúde adotem a prática.
“Quero incentivar os hospitais a darem início nesse protocolo, porque, apesar de depender de muito treinamento e alguns equipamentos e gastos, o resultado é muito positivo para quem precisa”, afirmou.
Agnaldo destacou a importância da doação e como a ação é gratificante aos profissionais e envolvidos.
“Existe muito respeito ao paciente e aos familiares. É um momento de muita dor, mas termos a oportunidade de transformar esse momento em vida é muito gratificante, coroa de fato a nossa missão”, finalizou.
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