Na véspera do dia do doador de sangue, jovens reforçam estoques de sangue antes do inverno; veja onde doar


Mesmo com a rotina agitada, Bruna, de 18 anos, encontra tempo para doar sangue e incentivar o gesto solidário. Doação de sangue
Divulgação/Prefeitura de Volta Redonda
Em meio aos estudos e ao trabalho como recepcionista, Bruna Nascimento Pereira, de apenas 18 anos, ainda arruma um tempinho para pensar no próximo. Com orgulho, ela ostenta o título de doadora de sangue regular
“Eu sempre tento vir. Às vezes arrasto meu namorado comigo pra fazer a doação também”, conta.
Bruna destaca que doar sangue é uma forma simples, mas poderosa, de ajudar o outro.
“É pra ajudar as outras pessoas, né? Uma forma da gente ajudar ao próximo… e é tão simples! Um gesto de acordar um dia mais cedo e vir”, afirma.
No dia 14 de junho é comemorado o dia mundial do doador de sangue, uma data instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, desde que estejam em boas condições de saúde e pesem mais de 50 kg. Menores de idade (16 e 17 anos) precisam de autorização dos responsáveis.
O processo é rápido: dura cerca de uma hora. Nesse período, é possível salvar até quatro vidas. Tudo começa com um cadastro, passa por triagem clínica, verificação de sinais vitais e uma conversa com um profissional de saúde. A doação, além de segura, é essencial.
No entanto, a chegada do inverno acende um alerta: com as temperaturas mais baixas, as doações costumam cair.
“Quando começa o inverno, a população tende a sair menos de casa. Consequentemente, temos uma queda nas doações. É muito importante que haja conscientização”, ressalta o médico Carlos Roberto Jorge, da Fundação Pró-Sangue.
A fundação abastece cerca de 80 instituições de saúde no estado de São Paulo, e a demanda continua mesmo nos dias frios. Cirurgias, transplantes e tratamentos, como os de câncer e doenças crônicas, não param — todos exigem sangue.
É o caso da cuidadora de idosos Cristiane Marçal Ribeiro. Depois de sofrer dois AVCs, ela convive com uma anemia crônica e depende de transfusões a cada três semanas.
“Se não tem sangue, eu não sei o que eu faço”, desabafa.
“Que doem bastante, a cada seis meses, que doem, doem, doem… é muito importante para nós, pacientes.”
A doação beneficia quem recebe, mas também preenche quem doa. O autônomo Maicon Pereira da Silva não esconde a emoção.
“Sensação ótima de poder ajudar, cooperar de alguma forma. É uma honra. A gente tá doando vida. Sangue é vida. Tô bem feliz.”
E fica o convite: doar sangue é um ato simples, rápido e transformador. Com uma única atitude, é possível fazer a diferença na vida de muitos — inclusive na sua.
Endereços para doar na capital:
TATUAPÉ: Avenida Celso Garcia, 4.815
ACLIMAÇÃO: Rua Castro Alves, 60 – 4º andar
FUNDAÇÃO PRO-SANGUE: Posto Clínicas (Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155), Posto Dante Pazzanese (Av. Doutor Dante Pazzanese, 500), Posto Mandaqui (Rua Voluntários da Pátria, 4.227), Posto Regional de Osasco (Rua Ari Barroso, 355) e Posto Barueri (Rua Guilhermina Carril Loureiro, 144)
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