Unidades de saúde de Ribeirão Preto serão transformadas em polos de atendimento contra a dengue; entenda


Todas as 68 unidades entre UBSs, USFs e UPAs receberão casos de dengue sem agendamento prévio. Telemedicina será utilizada para quadros mais leves da doença. Dengue em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva (PSD), anunciou nesta terça-feira (28) que todas as 68 unidades de saúde da cidade passam a funcionar como polos de atendimento para casos de dengue. A medida, que já entrou em vigor, tem como objetivo diluir os atendimentos para evitar sobrecarga do sistema de saúde.
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Até segunda-feira (27), o município registrou 674 casos confirmados de dengue em 2025, além de sete óbitos sob investigação, segundo o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), com dados processados no painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES). O número de casos pode ser ainda maior, já que as confirmações muitas vezes ocorrem dias após a notificação inicial.
A iniciativa abrange Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Núcleos de Saúde da Família (NSFs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Não será necessário agendamento prévio, e os atendimentos relacionados à dengue serão realizados separadamente dos de
Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Atendimento será por gravidade
De acordo com a prefeitura, o fluxo de atendimento começa com uma triagem realizada pela equipe de enfermagem, que fará o primeiro atendimento e a classificação inicial. Após essa etapa, pacientes com suspeita de dengue passarão por avaliação médica.
“Estamos utilizando a telemedicina nas unidades de saúde. A dengue possui quatro classificações: A, B, C e D. Nos casos mais leves (A e B), o atendimento será feito por telemedicina, com tratamento em casa. Já nos casos graves (C e D), o atendimento será imediato e presencial”, explicou o prefeito.
A prefeitura também anunciou parcerias com o Hospital das Clínicas, Hospital Estadual, Beneficência Portuguesa, Santa Casa e Santa Lydia para acolher casos graves que demandem internação.
“Nosso trabalho daqui para frente é estruturar o atendimento para que, caso a dengue se torne endêmica, a situação seja tratada de forma planejada pela prefeitura”, afirmou Ricardo Silva.
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Hidratação e conscientização
O secretário de Saúde, Maurício Godinho, destacou a importância da hidratação no tratamento da dengue, já que não há medicamentos específicos para a doença. Por isso, a prefeitura iniciará a distribuição de squeezes para incentivar a reidratação da população.
“Tratar os sintomas e garantir a hidratação é fundamental para que as pessoas atravessem esse período bem. Além disso, estamos utilizando tecnologias, como a telemedicina, para enfrentar esse momento de forma eficiente”, ressaltou o secretário.
Outras ações anunciadas incluem uma campanha de conscientização, voltada para a prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, e um mutirão para limpeza de terrenos e áreas de descarte irregular de lixo.
“O efetivo da prefeitura está 100% mobilizado. Não há nenhuma equipe parada. Estamos reforçando contratos e chamando equipes emergenciais para atender a essa demanda”.
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