Panamá recebe primeiro voo com imigrantes de vários países deportados pelos EUA


Em meio a negociações após declarações de Donald Trump sobre uma possível retomada do Canal do Panamá, o presidente panamenho ofereceu seu país como “ponte” até que estrangeiros sejam repatriados para seus países de origem. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, em entrevista coletiva na Cidade do Panamá
REUTERS/Enea Lebrun
O primeiro avião militar com 119 imigrantes de diversas nacionalidades, enviados pelos Estados Unidos para serem repatriados, chegou ao Panamá nesta quinta-feira (13), anunciou o presidente José Raúl Mulino em uma coletiva de imprensa.
“Ontem (quarta-feira), um voo da Força Aérea dos Estados Unidos chegou ao aeroporto de Howard (a oeste da capital) com 119 pessoas das mais diversas nacionalidades do mundo. Eles vêm dos Estados Unidos, fazendo uma ponte com o Panamá”, disse.
O presidente panamenho ofereceu o país como “ponte” para as deportações dos EUA durante uma reunião em 2 de fevereiro com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Cidade do Panamá, marcada pela tensão bilateral devido às ameaças do presidente Donald Trump de “retomar” o Canal do Panamá, argumentando que ele é operado pela China.
De acordo com Mulino, os imigrantes que chegaram foram levados para hotéis e, depois, enviados para um abrigo na província de Darién, que fica na selva da fronteira com a Colômbia, onde há uma pista de pouso que será usada para voos de repatriação.
O presidente panamenho ainda revelou que os deportados que estavam no voo são cidadãos da China, Paquistão e outros países asiáticos, e que mais dois voos chegarão em breve para elevar o número total de imigrantes para 360.
“Esperamos poder tirá-los de lá o mais rápido possível por meio de voos dos Estados Unidos. Essa é mais uma contribuição que o Panamá está fazendo para a questão da migração”, acrescentou.
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