Casos de SRAG aumentam em crianças com a volta às aulas, diz Fiocruz

Logo Agência Brasil

O Boletim InfoGripe da Fiocruz alerta para a tendência de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes, especialmente entre 5 e 14 anos, com a volta às aulas. Pesquisadora do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella destaca que esse cenário tem sido registrado principalmente no estado de Goiás e no Distrito Federal.

O retorno ao ano letivo, quando as crianças passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, favorece a transmissão dos vírus respiratórios. Diante desse quadro, a especialista recomenda que, caso a criança ou o adolescente apresente algum sintoma de síndrome gripal, evite ir para a escola.

Notícias relacionadas:

  • São Paulo registra seis mortes por febre amarela .
  • Estudo da Fiocruz aponta desigualdades no acesso ao parto hospitalar.
  • Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano.

“A orientação é ficar em casa, em isolamento, recuperando-se da infecção, para evitar transmitir o vírus para outras crianças dentro da escola e, assim, quebrar a cadeia de transmissão desses vírus respiratórios. Se não for possível manter a criança dentro de casa em isolamento, a recomendação é que, caso ela já tenha idade adequada, vá para a escola usando uma boa máscara, especialmente dentro da sala de aula”, disse Tatiana.

A pesquisadora chamou atenção ainda para a covid-19, que tem afetado principalmente a população mais idosa, mas também impacta as crianças pequenas e outros grupos de risco. “A gente pede que essas pessoas estejam em dia com a vacinação contra o vírus para evitar desenvolver as formas mais graves da doença. Além disso, é importante que essa população, principalmente as pessoas que residem em estados com aumento de casos de SRAG por covid-19, use máscaras em locais fechados e também dentro dos postos de saúde”, disse a pesquisadora.

No cenário nacional, a atualização mostra que os casos de SRAG continuam em baixa ou em queda na maioria dos estados da região Nordeste, Sudeste e também do sul do país. Em relação à região Norte (Amapá, Rondônia, Tocantins)  e também na região Centro-Oeste (Mato Grosso), a atualização verificou crescimento dos casos de SRAG associado à covid-19, especialmente entre os idosos.

“Contudo, em alguns outros estados da região Norte, como Amazonas, Pará e Maranhão, a gente já tem observado o início de reversão desse crescimento e até mesmo queda do número de novos casos graves por covid-19”, informou a pesquisadora.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.