Superlotada, Divisão de Bem-Estar Animal fará feira de adoção permanente para buscar lares a 150 cães e gatos


Morador mais antigo chegou em 2016 e ainda não conseguiu uma família. Projeto quer incentivar população a ter um animal de estimação, para que área fique livre e mais bichos possam ser atendidos. Com alta demanda, Ribeirão Preto passa a ter feira de adoção de animais permanente
O cãozinho Camilo é o morador mais antigo da Divisão de Bem-Estar Animal de Ribeirão Preto (SP). Ele chegou no local em 2016, bem machucado. Se recuperou e ficou pronto para receber uma família, mas, até hoje, não conseguiu nenhum lar.
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Na DBEA, também vivem o Boto, um cão bem velhinho e já cego, e o Estopa, de 2 anos, que tinha em um funcionário da Zoonoses o melhor amigo, mas após a morte dele, em novembro do ano passado, o animal se retraiu e passa os dias em um cantinho.
Camilo está na Divisão de Bem-Estar animal de Ribeirão Preto, SP, desde 2016 e ainda não foi adotado
Reprodução/EPTV
A mais nova integrante é Athenas, que chegou há 11 dias, também bem machucada. Com ela, são 150 cachorros e outros 50 gatos na DBEA neste momento.
O espaço está superlotado e a equipe não consegue mais atender novos animais se os que já estão por lá não forem adotados.
Devido a quantidade de solicitação diária de resgate, seja por atropelamento ou doença, estar muito acima da nossa capacidade, nós precisamos, após a recuperação, estimular para esses animais receberem um lar amoroso e saudável.
Para tentar liberar a área, o DBEA tornou as feiras de adoção permanentes. Antes feito uma vez por mês, o programa agora vai acontecer todo sábado, na própria sede da divisão.
Para adotar, é preciso passar por uma entrevista com a equipe da DBEA, que vai avaliar condições de segurança e saúde para o animal. Os futuros tutores tem de ser maiores de 18 anos, morar em Ribeirão Preto e apresentar documento com foto e comprovante de residência.
Estopa e Athenas estão disponíveis para adoção na Divisão de Bem-Estar Animal de Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O responsável pelo animal também precisa assinar um termo de consentimento, segundo Stefania.
“O animal, assim como o humano, fica nervoso, estressado, doente. Então, dentro dessa entrevista, tudo isso é colocado para a pessoa ter a mínima consciência e ciência que está se responsabilizando por mais uma vida”.
Os animais disponíveis para adoção são vermifugados, vacinados e microchipados. No caso de cães e gatos adultos, são todos castrados.
Vítimas de atropelamento e maus-tratos
Os animais resgatados pela Divisão de Bem-Estar são, em sua maioria, vítimas de atropelamento e maus-tratos. Há cães e gatos de todas as idades, desde filhotes que fugiram de casa até aqueles que nasceram em algum local ermo.
“Infelizmente, a solicitação do resgate é muito acima da nossa capacidade. Nosso recolhimento seletivo tem de ter um olhar muito apurado, porque nosso trabalho é totalmente voltado a animais que não possuam tutores e nem proprietários e que estejam sofrendo risco de vida pra si e para o humano. O recolhimento é especialmente para os atropelados e doentes em via pública e vítimas de maus-tratos”, diz Stefania.
Bolinho, que teve perna amputada após atropelamento, também está disponível para adoção em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
No momento do acolhimento, todos eles passam por atendimento veterinário. Após os exames, os animais passam por tratamento e recuperação e, quando ganham alta, são encaminhados para a feria de adoção.
“Os animais estão saudáveis, foram passíveis de recuperação e estão prontos para um novo lar”.
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