Casa de advogado aliado de Lula vira ‘território proibido’ após críticas ao presidente


Aliados do presidente que confirmaram presença em evento do criminalista, não compareceram após ele dizer que Lula ‘está capturado’ por um grupo. O blog apurou que a ordem partiu do Palácio do Planalto. Apenas alguns integrantes que não sabiam da ‘proibição’ compareceram. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em sessão do Conselho de Ética do Senado no dia 3 de maio
Wilson Dias / Ag. Brasil
A casa do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, virou um ‘território proibido’ para petistas e aliados, depois que o criminalista publicou uma carta na qual diz que Lula está capturado por um grupo que não o deixa fazer política, numa crítica velada tanto à primeira-dama Janja, quanto ao grupo mais próximo dele no palácio, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Na noite de segunda-feira (17), Kakay abriu as portas da casa para o lançamento de um podcast chamado ‘Lisboa Connection’, do jornalista Guilherme Amado. Diversas autoridades estavam convidadas, entre elas ministros e lideranças do PT, que confirmaram presença durante a tarde.
No entanto, à noite, houve uma ordem de que quem fosse do governo não poderia pisar na casa do Kakay.
O blog apurou que a ordem partiu do Palácio e que, a partir da carta, a casa do Kakay passa a ser território proibido para integrantes do governo.
Os petistas que haviam confirmado presença e não compareceram foram Gleisi Hoffmann, presidente do partido, Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso e o vice-presidente Alckmin.
Estiveram no evento dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Mas nem todos os petistas, nem todos os integrantes do governo do PT receberam a orientação. Estiveram presentes o ministro da Defesa, José Múcio, que é um desafeto declarado da primeira-dama Janja, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, muito ligado à ex-primeira-dama, Marisa Letícia.
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