Operação prende família do AP que criou contas bancárias para lavar dinheiro de crimes cibernéticos 


Ação ‘Laços de Sangue’ foi realizada nesta terça-feira (18) em Macapá, Santana e Taboão da Serra, em São Paulo. Três pessoas foram presas.  Ação ‘Laços de Sangue’ foi realizada nesta terça-feira (18)
Polícia Civil/Divulgação
Nesta terça-feira (18), a Polícia Civil do Amapá e de São Paulo realizaram a operação ‘Laços de Sangue’ que prendeu três pessoas de uma família acusadas de criarem uma série de contas bancárias para lavar dinheiro de crimes cibernéticos. 
A operação buscava cumprir quatro mandados de prisão em Macapá, Santana e Taboão da Serra, em São Paulo. De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-CCIBER), o mandado da cidade paulista não foi cumprido. 
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Como eles agiam 
O delegado Nicolas Bastos informou que o esquema iniciou em Laranjal do Jari, no Sul do Amapá. A família teria criado várias contas bancárias para movimentar o dinheiro rapidamente e não ser rastreado pelas instituições financeiras. 
“A partir do momento que o dinheiro da vítima do golpe entra na conta, ele é diluído em uma segunda, terceira, quarta conta, e assim dificulta que o banco, mesmo que detecte a fraude, não consiga bloquear esses valores. Era um verdadeiro jogo de gato e rato”, detalhou o delegado. 
Ainda conforme o delegado, um dos pontos que ajudou a chegar nos acusados foi o histórico criminal da família. Segundo a polícia, o grupo tem ligação com tráfico de drogas e roubo e haviam migrado para os crimes virtuais há cerca de dois anos. 
Crimes cibernéticos
A polícia informou que o dinheiro lavado tinha origem dos crimes do ‘Golpe da novinha’ e a invasão de dispositivos eletrônicos. O delegado disse que a polícia está apurando os valores movimentados nessas contas.
O golpe da novinha iniciava na criação de um perfil falso nas redes sociais, usando fotos copiadas de meninas que aparentavam ser menor de idade. Os criminosos entravam em contato com a vítima e tinham conversas com teor ‘amoroso’ e depois passavam a ameaçar. 
Com os prints das conversas, uma terceira pessoa entrava em contato com a vítima se passando por um familiar ou delegado, e alegava que, se a vítima não passasse valores, ele seria preso, em razão da menina ser menor de idade.
Já no caso das invasões de dispositivos eletrônicos, os acusados, se passando por funcionários de bancos, induziam as vítimas a instalar aplicativos de acesso remoto, permitindo o controle de suas contas e a realização de empréstimos fraudulentos.
A Polícia Civil alerta que delegados não entram em contato com ninguém tentando extorquir valores. Em casos de suspeita, a recomendação é procurar a delegacia mais próxima. 
A operação ‘Laços de Sangue’ contou com a participação da Delegacia de Repressão à Fraude Eletrônica (DRFE), da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Santana (DCCP/STN) e da DISE/GOE da Seccional de Taboão da Serra–SP. 
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