Desigualdade racial nos salários aumentou no Brasil em uma década

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As mulheres negras encontram mais dificuldades para entrar no mercado de trabalho. A taxa de desocupação nesse grupo foi de quase 15%, bem maior do que entre as brancas, de 7%.

Esse é um dos dados de um estudo inédito produzido pelo Cedra, o Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais, apresentado nesta sexta-feira (21). O relatório foi feito a partir dos dados da PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios contínua, no período de 2012 a 2023, com recorte racial, de gênero, renda, trabalho e domicílios.

Na renda, a desigualdade entre brancos e negros aumentou em uma década no Brasil. Na faixa acima de cinco salários mínimos, a diferença entre homens brancos e mulheres negras saltou de 7,5% para 9,5%.

Mais de 60% dos negros viviam com renda de até 1 salário mínimo, porcentagem que na população branca cai para menos de 40%. Outro dado aponta que no período pesquisado, três em cada quatro pessoas em extrema pobreza no país era negra.

No mundo do trabalho, apenas 32% dos cargos gerenciais foram ocupados por negros até 2023 — uma proporção baixa, considerando que 55% da população brasileira é negra.

Já nos domicílios brasileiros, uma das diferenças mais marcantes está na presença das máquinas de lavar. Em lares onde o responsável é branco, o eletrodoméstico aparece em 45% dos lares. Mais do que o dobro do verificado em casas com responsáveis negros.

Direitos Humanos Pesquisa do Cedra utilizou dados da Pnad Contínua São Paulo 21/03/2025 – 14:27 Daniel Ito Isaia / Akemi Nitahara Leandro Martins – Repórter da Rádio Nacional cedra desigualdade racial Mercado de Trabalho PNAD Contínua sexta-feira, 21 Março, 2025 – 14:27 1:46

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