Grupo da UFU vence competição nacional de cirurgia e trauma e garante vaga para Congresso Mundial


A Liga Acadêmica de Cirurgia e Trauma (Lacit) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desbancou oito equipes do Brasil na Competição Nacional de Simulação Realística das Ligas do Trauma e Emergência. Agora, o grupo se preparam para a competição mundial, com dezesseis equipes de oito países. Da esquerda para a direita: Antônio Lana, Daniela Raulino, Davi Alves, Gabriela Gonçalves, Beatriz Rizzo, Raquel Ribeiro
Acervo pessoal/Reprodução
Seis estudantes e profissionais da Liga Acadêmica de Cirurgia e Trauma (Lacit) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) venceram a Competição Nacional de Simulação Realística das Ligas do Trauma e Emergência, realizada na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os acadêmicos de medicina Gabriela Gonçalves, Davi Alves, Beatriz Rizzo e Raquel Ribeiro, a enfermeira Daniela Raulino e o enfermeiro e docente Antônio Lana, desbancaram outras oito equipes do Brasil e conquistaram uma vaga no Congresso Mundial de Ligas do Trauma.
Na competição mundial, que ocorrerá em julho, também na Unicamp, os alunos devem encarar equipes de outros sete países, além de outra equipe do Brasil, da campus de Bauru da Universidade de São Paulo (USP), que foi derrotada pela equipe uberlandense e ficou em segundo lugar na competição nacional.
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Preparação puxada
A preparação que levou à vitória começou semanas antes do evento, que ocorreu entre 14 e 16 de março, assim que o grupo recebeu o convite para participar da competição. A equipe teve aulas sobre diferentes especialidades com os professores Otavia Vaz, Gustavo Raimondi, Anderson Duque, Túlio Macedo e Gabriela Camargo, além de orientação de Ítala Alvarenga.
O estudo, segundo Antônio Lara, foi essencial.
“Voltei a estudar ginecologia e obstetrícia após 10 anos. Não é algo que eu faria enquanto enfermeiro e docente. Sem dúvidas, a experiência me modificou enquanto profissional”, disse.
Davi afirma que, mesmo após tanto estudo, teve momentos de altos e baixos relacionados ao nervosismo.
“Nós começamos nervosos, primeiro porque a maioria das universidades mandou internos, nós somos acadêmicos, então nos assustamos um pouco”, relembrou o jovem de 24 anos.
Durante o evento, os participantes enfrentaram simulações realísticas de situações de trauma e emergência, sendo avaliados por meio de um checklist padronizado. Além das simulações, os alunos participaram de aulas e orientações com professores renomados do Brasil e do exterior, incluindo especialistas da Espanha e da Croácia.
Liga Acadêmica de Cirurgia e Trauma (LACIT), vinculada à Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Acervo pessoal/Reprodução
Liderança, calma e trabalho em equipe
Apesar do nervosismo, outras habilidades, fora as técnicas relacionadas à traumatologia, possibilitaram que a equipe atuasse bem em conjunto.
“Tínhamos sempre um líder diferente. Colocávamos na liderança quem tinha mais afinidade com o tema, ou quem estava mais calmo. Isso foi essencial”, contou Beatriz.
“Em uma estação, a gente precisou aplicar o procedimento stop, que foi parar, pensar e ver o que estávamos fazendo de errado, porque tivemos dificuldade com uma tecnologia de cardiologia. Então, acho que a calma foi uma questão para nós também”, explicou Gabriela.
Competitividade saudável
O grupo conta, ainda, que a experiência possibilitou que a equipe exercesse uma competição saudável contra as demais e buscassem serem melhores em relação às próprias carreiras.
“Sou muito competitiva, então a competição me fez muito bem. Eu queria ganhar, mas não só ganhar, queria ser melhor do que sou hoje”, afirmou Daniela Raulino.
“Os meninos querem ser os melhores médicos que podem ser no futuro. Eu já sou enfermeira e estou determinada em ser a melhor que eu posso ser, não em relação aos outros, mas em relação ao que fui ontem”, finalizou.
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