Jogadores de rúgbi que lançaram pedra de 17kg na cabeça de turista em praia de SC são condenados


Julgamento ocorreu 19 anos após o crime, que ocorreu em uma pousada em Garopaba. Ariel Malvino, também argentino, foi atacado após criticar postura violenta do grupo, segundo o TJSC. Ariel Malvino foi morto em praia de SC em 2006
La Nation/ Reprodução
Três jogadores de rúgbi argentinos foram condenados a 21 anos de prisão, ao todo, pelo assassinato de um jovem de 23 anos em uma praia de Garopaba, no Litoral Sul de Santa Catarina. Também da Argentina, ele foi morto reclamar da violência de seus conterrâneos em viagens ao exterior.
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Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Ariel Malvino levou um soco, bateu com a cabeça em uma pedra e ainda foi atingido por uma pedra de 17,5, kg.
A condenação ocorre 19 anos após o crime. Eduardo Guillermo Braun Billinghurst, Carlos Andrés Gallino Yanzi e Horácio Antônio Pozo devem cumprir a pena em regime semiaberto por lesão corporal seguida de morte, segundo o órgão.
O advogado Leonardo Pereima, que faz a defesa de Eduardo Guillermo, informou que já manifestou o interesse de recorrer da condenação. O g1 busca contato com as defesas dos demais.
Morte de turista
A morte ocorreu em uma pousada da praia da Ferrugem. Conforme o TJSC, o trio se envolveu em uma briga generalizada com veranistas na região. Ariel, que observava a cena, foi atacado após fazer um comentário em tom de crítica sobre a violência dos argentinos em viagens ao exterior.
Dois dos acusados se irritaram e começaram uma agressão contra ele. Segundo o órgão, um deles deu um soco que fez a vítima cair e bater a cabeça no chão. Em seguida, outro homem aproveitou que Ariel estava inconsciente e atingiu a pedra contra a cabeça dele. O jovem morreu no local.
De acordo com o TJSC, o laudo da perícia apontou que a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico por meio de energia mecânica e instrumento contundente (sem ponta ou fio penetrante).
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Os réus são naturais de Corrientes, no norte da Argentina, a cerca de 900 quilômetros da capital Buenos Aires.
⌛Tempo de julgamento estendido: Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a demora para conclusão do processo ocorreu porque os envolvidos e boa parte das testemunhas são estrangeiros, e foram necessárias expedições de inúmeras cartas rogatórias – instrumento jurídico para comunicação entre as justiças de países diferentes.
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