Autoridades repudiam golpe de 1964 e reforçam defesa da democracia

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Nesta segunda-feira (31), mensagens divulgadas nas redes sociais de políticos, autoridades e instituições reforçaram a defesa da democracia e repudiaram o golpe que deu início à ditadura militar, há 61 anos, no país.

O presidente Lula escreveu que “é dia de lembrarmos da importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania do povo para escolher nas urnas seus líderes e traçar o seu futuro”. Lula pregou a união contra ameaças autoritárias “que, infelizmente, ainda insistem em sobreviver”. 

O presidente também defendeu que “não existe, fora da democracia, caminhos para que o Brasil seja um país justo e menos desigual”, nem justiça “sem a garantia de que as instituições sejam sólidas, harmônicas e independentes”. Lula apontou ainda que o regime democrático e de liberdades se tornou mais forte e vivo com a Constituição de 1988 e que essa trajetória vai continuar a ser seguida, sem nunca retroceder.

Na página oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) na rede social X, uma mensagem lembrou o início da ditadura militar, que perdurou por 21 anos, comprometendo os direitos fundamentais no país. O texto diz: “31 de março de 1964: lembrar para que nunca mais repita. Hoje e sempre, celebre a democracia e a Constituição Cidadã”.

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, lembrou daqueles que foram perseguidos e mortos durante a ditadura. Gleisi citou o discurso do presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães, na promulgação da Carta de 1988: “A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”. A referência é ao ex-deputado Rubens Paiva, que teve o mandato cassado e, depois, foi perseguido, raptado, torturado e morto por agentes da ditadura. 

A história de Rubens Paiva e de sua viúva, a advogada e ativista Eunice Paiva, foi retratada no filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, vencedor de mais de 40 prêmios dentro e fora do país, entre eles, o de melhor Filme Internacional no Oscar 2025.

Gleisi Hoffmann fez referência também ao julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no Supremo Tribunal Federal: “É importante recordar esse período nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu. A responsabilização penal dos golpistas, na vigência plena do estado de direito e das garantias constitucionais que tentaram abolir, é um dever histórico em defesa da democracia, hoje e para sempre”.

Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, postou a seguinte mensagem: “É preciso relembrar para não repetir! O Golpe Militar aconteceu há 61 anos, mas hoje ainda precisamos lutar firmemente em defesa da democracia, contra o extremismo e pela justiça. Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia”.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Entrevista coletiva à imprensa.
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Foto: Ricardo Stuckert / PR

© Ricardo Stuckert / PR

Política Presidente Lula destaca importância da soberania do voto popular Brasília 31/03/2025 – 17:09 Bianca Paiva / Rafael Guimarães Daniella Longuinho – Repórter da Rádio Nacional Lula Golpe de Estado Ditadura Militar stf Gleisi Hoffmann Jair Bolsonaro Rui Costa segunda-feira, 31 Março, 2025 – 17:09 3:30

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