Cheia do Rio Madeira afeta devasta plantações afeta rotina escolar no interior do Amazonas


Neste domingo (13), o nível do Rio Madeira estava em 23,92 metros. segundo o monitoramento realizado pela Defesa Civil do Estado. Escola São Miguel na Zona Rural de Humaitá
Reprodução
A cheia do Rio Madeira está devastando plantações e afetando a rotina escolar do município do de Humaitá, no interior do Amazonas. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 16 mil pessoas já foram afetadas pela cheia do rio. Neste domingo (13), o nível do Rio Madeira estava em 23,92 metros. segundo o monitoramento realizado pela Defesa Civil do Estado.
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O nível do Madeira vem prejudicando a agricultura na zona rural do município. Diversas plantações já foram devastadas por conta da subida da água, causando perdas que ainda estão sendo calculadas pelos produtores rurais
“A gente aproximou mil pés de bananas e deu perda total (com a cheia do rio) e aí a banana que dá para colher não chega nem a R$ 200, deu perda total” relatou o agricultor, Júlio Cézar Gós
Outra área afetada é a da educação, segundo a Prefeitura de Humaitá, 20 escolas tiveram as aulas suspensas e cerca de 800 alunos estão sem aulas presenciais. Uma das formas encontradas para minimizar o impacto ano letivo é de os professores levar o conteúdo até a casa dos estudante
“Nosso método é o professor levar o material e orientações até a comunidade e até a cada aluno” explicou Arnaldina Chagas, secretaria de educação do município.
Na área urbana, a prefeitura está desenvolvendo ações de emergência para garantir o fluxo de transporte em algumas ruas que já estão inundadas. O executivo municipal também está entregando cestas básicas e água potável para a população atingida.
Conforme a Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Madeira subiu seis metros desde o mês de janeiro, e já superou em três metros a marca registrada no mesmo período do ano passado.
“Depois de 2014, essa é a maior cheia que estamos tendo , então praticamente toda produção da agricultura familiar, da população ribeirinha, foi perdida”, alertou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Jonathan Maciel.
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As causas do aumento no nível dos rios
esquisadores do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre da Universidade do Estado do Amazonas (Labclim/UEA) estão usando dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) para monitorar o comportamento dos rios durante o início da cheia.
As informações tem o objetivo de auxiliar áreas como agricultura, transporte, pecuária, produção industrial, entre outros setores do Amazonas.
🌧️ Leonardo Vergasta, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, aponta duas causas para o aumento no volume dos rios em relação a 2024: Inverno Amazônico, que vem causado chuvas acima da média na Região Norte, tendência que deve seguir até o fim de março, e o fenômeno La Ninã que resfria as águas do Oceano Pacífico, provocando fortes pancadas de chuva na região Norte do país e também em regiões de rios no Peru e Bolívia.
“A gente teve aí no início de 2025 a atuação do efeito La Niña, que é o resfriamento das águas do pacífico equatorial, então a gente tem um aumento das intensidades de chuva na região, e coincidiu com nosso período chuvoso, então a partir de fevereiro toda a bacia amazônica teve chuvas acima da normalidade”, explicou o pesquisador.
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