
Eduarda de Oliveira conta que embalou o corpo da filha com o saco do enxoval. Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida. Ana Beatriz e a mãe Eduarda, Alagoas, Novo Lino
Divulgação
A mãe da bebê morta no interior de Alagoas confessou à polícia que matou a filha asfixiada. Eduarda de Oliveira, de 22 anos, está presa preventivamente. A polícia ainda aguarda o resultado da necropsia para saber o que causou a morte da menina.
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Durante o depoimento, Eduarda contou que a bebê passou a madrugada chorando, ela diz que chegou a amamentar a filha antes de matá-la.
“Eu não tinha dormindo. Quando ela acordou, eu dei de mamar, depois ela ficou chorando um pouco e levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala. Depois, eu peguei um saco grande que tinha comprando as coisas do enxoval dela e coloquei ela”, disse.
Eduarda fala que depois de guardar o corpo da filha no armário, junto com os materiais de limpeza, se arrependeu de ter matado a filha.
“Eu não consegui dormir, fiquei perambulando na casa, fui para a porta, voltei e fui no armário, achando que ela poderia estar viva, mas ela não estava. Eu deixei ela lá. Ela ficou lá desde quando coloquei, não mexi mais”.
A mãe disse ainda que não teve a ajuda de ninguém e que o marido só soube o que aconteceu quando ela confessou tudo para o advogado. “Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado ficou dizendo pra que eu falasse a verdade”.
Durante audiência de custódia nesta quarta-feira (16), a Justiça determinou que Eduarda continuasse presa preventivamente. Ela vai precisar passar por um tratamento psiquiátrico enquanto estiver presa.
Ana Beatriz estava desaparecida desde sexta-feira (11). A primeira versão que a mãe deu aos policiais é de que a menina tinha sido sequestrada em um trecho da BR-101, no Povoado de Euzébio, no município de Novo Lino, divisa com Pernambuco.
O pai da recém-nascida é motorista e estava em São Paulo a trabalho havia um mês, por isso não conhecia a filha. Após ser informado do desaparecimento, ele voltou para casa para acompanhar as buscas pela recém-nascida.
A polícia passou a desconfiar das versões da mãe após os relatos de três testemunhas que contrariavam a teoria do sequestro. Além disso, imagens de câmeras de segurança também contradiziam a mãe.
Em depoimento, os vizinhos da mãe da criança informaram que ouviram a bebê chorar pela última vez na quinta-feira passada, um dia antes do relato do suposto sequestro.
Na segunda-feira (14), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas no perímetro próximo à casa da família, com indicação de buscas até em latas de lixo, mas a criança não foi encontrada.
Mãe de recém-nascida morta em Novo Lino passa por audiência de custódia
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