Criança de 8 anos morreu no domingo (13). Homenagem contou com caminhada ao redor da escola, faixas e balões brancos; pais de Sarah também participaram. Estudantes e professores fazem homenagem à Sarah Raissa, em Ceilândia, no DF.
Letícia Sena/g1DF
Professores e estudantes fazem, na manhã de quinta-feira (17), uma homenagem à Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, que morreu após, supostamente, inalar desodorante aerossol ao tentar cumprir um desafio online. A menina morreu no domingo (13).
A homenagem, que começou às 8h30, contou com uma caminhada ao redor da Escola Classe 6, em Ceilândia, onde Sarah Raissa estudava. Além disso, balões brancos foram carregados pelos estudantes. A escola tem quase 700 alunos entre 4 e 11 anos.
Na homenagem, os estudantes também seguraram faixas com os dizeres “na internet nunca sabemos quem está atrás das telas”, “cuidado com as redes sociais, perigo constante” e “luto” (veja imagem abaixo).
Cartaz feito por estudantes para homenagear Sarah Raissa, em Ceilândia, no DF.
Letícia Sena/g1 DF
A professora de Sarah Raissa, diz que não percebeu que a criança estava exposta a conteúdos ofensivos na internet.
“Era uma menina muito linda, cheia de vida, muito alegre, não tinha sinal que participasse de desafio. […] A dor é muito grande”, diz professora Joelma.
A diretora da escola, Maria de Fátima Bezerra, afirmou que a morte de Sarah Raissa gerou um alerta para os pais, que estão mais atentos aos conteúdos que os filhos acessam nas redes sociais.
“Acendeu um alerta, até então, os pais não ficavam tão atentos, agora estão preocupados com o que os filhos têm acesso na escola, isso é positivo. […] Alguns pais chegaram bastante nervosos, procurando a gente na direção, que encontraram sim algumas coisas, que eles estavam atentos, porque achavam que as crianças só jogavam joguinhos e viam filmes infantis”, afirma a diretora da escola Maria de Fátima Bezerra.
Morte de Sarah Raissa
Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos
Reprodução
Sarah Raissa Pereira de Castro morreu após, supostamente, inalar desodorante aerossol. O óbito foi declarado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no domingo (13).
Sarah foi encontrada desacordada pelo avô, na quinta-feira (10), dentro de casa
Segundo a polícia, ela estava deitada no sofá, ao lado do celular e de um frasco de desodorante aerossol. Uma almofada estava encharcada com o produto
O pai afirma que no celular da menina havia um vídeo que incentivava o desafio do desodorante
A criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada com vida ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
O laudo cadavérico, que constata a causa da morte, foi concluído pelo Instituto Médico Legal (IML) e é analisado pela Polícia Civil do Distrito Federal. O celular usado por Sarah foi apreendido e encaminhado para a perícia.
O conteúdo armazenado no aparelho pode ajudar a polícia a rastrear a origem do vídeo assistido pela menina. O laudo deve ficar pronto em cerca de 30 dias.
O objetivo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) é descobrir quem criou e compartilhou nas redes sociais conteúdos relacionados ao chamado “desafio do desodorante”.
Polícia investiga se morte de criança no DF tem ligação com desafio do desodorante, nas redes social
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