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O IBGE divulgou, nesta sexta-feira (9), novos dados do Censo 2022. Desta vez, referentes às populações quilombolas. O levantamento aponta que o país tem mais de 1,3 milhão de descendentes de africanos escravizados, que habitam majoritariamente regiões rurais. De cada dez quilombolas, seis vivem no campo.
Do total de 203 milhões de brasileiros contabilizados pelo levantamento, apenas 12,6% moravam em áreas rurais. Já entre os quilombolas, quase 62% viviam nessas regiões e apenas 38% nas cidades.
A pesquisa identificou que as regiões Norte e Nordeste apresentam proporção de quilombolas em áreas rurais superior à média nacional. Entre as unidades da federação, os maiores quilombos foram localizados no Piauí e Amazonas. E, o menor contingente, no Distrito Federal.
Assim como na média do país, a taxa de analfabetismo no campo, de 18,16% da população, é maior que na cidade, onde essa proporção está em 5,44%. Entre os quilombolas, o padrão se repete: 22,71% na área rural e 13,28% na urbana.
Em relação ao saneamento básico, 63,74% dos moradores quilombolas em áreas urbanas têm acesso; e 93,82% em localidades rurais têm serviços precários. O acesso a água, por exemplo, não está disponível em quase 42% dos territórios quilombolas rurais.
E as menores proporções de moradores quilombolas com banheiro de uso exclusivo no domicílio foram identificadas nas áreas rurais: 74,61%.
A novidade da divulgação do “Censo 2022: Quilombolas – Principais características das pessoas e dos domicílios” é o retrato que separa essas populações em áreas urbanas e rurais.
Para classificar uma pessoa como quilombola, o IBGE levou em consideração a autoidentificação dos questionados, não importando a cor de pele declarada.

Geral Maiores quilombos estão no Piauí e no Amazonas Rio de Janeiro 09/05/2025 – 13:50 Vitoria Elizabeth / Liliane Farias Tatiana Alves – repórter da Rádio Nacional quilombolas IBGE Censo 2022 sexta-feira, 9 Maio, 2025 – 13:50 2:40