CP foi instaurada há um mês para apurar se o vereador cometeu infrações em vistoria feita pelo parlamentar no Hospital Mário Gatti. Câmara abriu, nesta quarta (23), Comissão Processante para apurar conduta do vereador Vini Oliveira (Cidadania).
Câmara Municipal de Campinas
A Comissão criada para apurar se o vereador Vini Oliveira (Cidadania) cometeu infrações político-administrativas decidiu dar prosseguimento às investigações, em reunião na tarde desta sexta-feira (23).
A reunião foi convocada pela presidente da Comissão, Mariana Conti (PSOL), para apreciação do relatório de defesa preliminar apresentado por Vini Oliveira em 19 de maio. Também compõem a Comissão o vereador Nelson Hossri (PSD), como relator, e Nick Schneider (PL).
A decisão foi tomada com base no parecer do relator. Para que os trabalhos continuassem, eram necessários dois votos favoráveis. Mariana Conti e Nelson Hossri votaram a favor, e Nick Schneider votou contra a investigação.
Diante da decisão, Vini Oliveira afirmou que será uma oportunidade para se defender “de uma forma mais ampla”. Confira abaixo.
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Vini Oliveira teve o prazo de 10 dias úteis para apresentar sua defesa prévia após ser notificado da abertura da Comissão Processante na Câmara.
De acordo com a presidente, “não foram apresentados elementos novos ou suficientemente relevantes que impeçam a continuidade dos trabalhos da Comissão”.
A Comissão Processante foi instaurada na Câmara há um mês com o objetivo de apurar se Vini Oliveira cometeu infrações em uma vistoria feita pelo parlamentar no Hospital Mário Gatti.
“Entendo como fundamental que a comissão continue, agora podemos averiguar as consequências da atuação do vereador Vini. O ataque aos trabalhadores desvia o foco do verdadeiro problema da saúde, fragiliza servidores e as equipes que lidam diariamente com a terceirização, o assédio, as falcatruas e a precarização do serviço público”, disse Conti.
Diante da decisão, Vini Oliveira afirmou que será uma oportunidade para se defender “de uma forma mais ampla”.
“Penso que será uma oportunidade de poder me defender de uma forma mais ampla, apresentando provas, testemunhas e outros elementos que no final vão corroborar com o que venho dizendo há tempos, que não cometi irregularidade ou pratiquei qualquer tipo de crime passível de cassação de mandato. Continuarei agindo de forma tranquila e serena em relação a isso”, informou.
O próximo passo da Comissão é designar o início da instrução, determinar os atos, diligências e audiências necessários para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.
A Comissão terá prazo inicial de 90 dias para apurar o caso e apresentar relatório final, podendo recomendar que o processo seja arquivado ou que o mandato de Vini Oliveira seja cassado.
Comissão Processante
A Câmara Municipal de Campinas abriu, no dia 23 de abril, uma Comissão Processante (CP) para investigar eventual prática de infrações político-administrativas pelo vereador Vini Oliveira. A Comissão apura se o vereador cometeu infrações em uma vistoria feita pelo parlamentar no Hospital Mário Gatti.
O pedido foi aceito com 23 votos favoráveis e 9 contrários. Para compor a Comissão, foram sorteados os vereadores Nick Schneider; Mariana Conti, como presidente; e Nelson Hossri, o relator. A depender do resultado da apuração, Vini Oliveira pode ter o mandato cassado.
Em nota, Vini Oliveira disse ao g1 que irá se defender durante todo processo, que sua prerrogativa foi exercida e que “é injusto qualquer político ser cassado por exercer sua função”.
O que diz o pedido de abertura da Comissão?
O pedido de abertura da Comissão Processante foi feito pela médica Daiane Copercini, que atua na rede municipal de saúde.
No documento, a médica relata que o vereador entrou no Hospital Mário Gatti no dia 1º de janeiro de 2025 e fez filmagens de pacientes e profissionais sem autorização.
Ela também afirma que foi filmada pelo vereador enquanto retornava do horário de jantar e foi acusada de receber sem trabalhar.
CP ‘une’ vereadores rivais
Rivais desde que dividem espaço no plenário da câmara, Mariana Conti e Nelson Hossri vão trabalhar juntos na Comissão Processante instaurada nesta quarta.
Os dois vereadores foram sorteados para integrar a Comissão durante a sessão. Nick Schneider é o terceiro integrante da CP.
Após sorteio, os parlamentares se reuniram e ficou decidido que Mariana Conti presidirá a Comissão e Nelson Hossri será o relator.
Votação para abertura
Durante a sessão na Câmara, o documento que pedia a abertura da Comissão foi lido na íntegra. Em seguida, foi realizada votação, que teve 23 votos favoráveis e 9 contrários. Confira como votaram os vereadores:
Arnaldo Salvetti (MDB) – a favor
Benê Lima (PL) – contra
Carlinhos Camelô (PSB) – ausente
Carmo Luiz (Republicanos) – a favor
Debora Palermo (PL) – a favor
Dr. Yanko (PP) – a favor
Edison Ribeiro (União) – a favor
Eduardo Magoga (Podemos) – a favor
Fernanda Souto (PSOL) – a favor
Filipe Marchesi (PSB) – contra
Guida Calixto (PT) – a favor
Guilherme Teixeira (PL) – a favor
Gustavo Petta (PCdoB) – a favor
Hebert Ganem (Podemos) – contra
Higor Diego (Republicanos) – a favor
Luis Yabiku (Republicanos) – contra
Luiz Cirilo (Podemos) – a favor
Luiz Rossini (Republicanos) – a favor
Marcelo Silva (PP) – contra
Mariana Conti (PSOL) – a favor
Marrom Cunha (MDB) – a favor
Nelson Hossri (PSD) – a favor
Nick Schneider (PL) – contra
Otto Alejandro (PL) – a favor
Paolla Miguel (PT) – a favor
Paulo Haddad (PSD) – a favor
Permínio Monteiro (PSB) – a favor
Roberto Alves (Republicanos) – a favor
Rodrigo Farmadic (União) – contra
Rubens Gás (PSB) – a favor
Vini Oliveira (Cidadania) – contra
Wagner Romão (PT) – a favor
Zé Carlos (PSB) – contra
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