
Registros foram feitos em Águia Branca, Marilândia, Colatina e Linhares, no Norte e Noroeste do Espírito Santo. Período de colheita de café começou e, com ela, a secagem dos grãos que produzem a fumaça. Neblina e fumaça da queima de café tomam cidades e reduz visibilidade nas estradas
A colheita do café começou no Espírito Santo e a fumaça da queima dos grãos cobriu várias cidades das regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo. Imagens mostram neblina intensa nas cidades de Águia Branca, Marilândia, Colatina e Linhares, na manhã desta sexta-feira (23).
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Em Linhares, a cidade amanheceu encoberta por uma névoa e um cheiro forte de café. De cima, dava para ver a cidade completamente coberta.
Fumaça cobriu Linhares, no Espírito Santo, e cheiro forte de café
Reprodução/ TV Gazeta
Já em Colatina, a névoa tomou conta da ES-259. Uma nuvem espessa de neblina impedia a visualização da estrada pelos motoristas (veja a foto abaixo). Os condutores tiveram que andar com velocidade reduzida.
Névoa tomou conta da ES-259, em Colatina, Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
E em Marilândia, a cena se repetiu. “Neblina, fumaça, amanheceu um dia frio e sem vento. Então, a neblina acumulou, mas está bem perigoso de andar”, relatou o produtor rural Jacir Celestrini.
Marilândia também registrou fumaça por queima de café no Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
Em um vídeo registrado por uma moradora de Águia Branca, a situação era semelhante. A fumaça tomou conta do município. “Dá pra ver nada lá no asfalto. Muito perigoso”, disse.
Queima de grãos tem regras
A queima certa e segura do café tem algumas regras a serem cumpridas. São elas:
Queima de palha em secadores de café e outros grãos deve acontecer entre 8h e 17h.
Secadores muito próximo a residências (500m) e rodovias estaduais (100m) e federais (200m) não podem usar palha.
Apesar disso, a reportagem da TV Gazeta flagrou uma queima acontecendo antes do período permitido.
Fumaça foi vista dentro fora do horário permitido em fazenda de café, no Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Marilândia, as fiscalizações são constantes e os produtores precisam se adequar. “Desde advertências, multas e paralisação do trabalho”, disse o secretário.
A fiscalização cabe à Secretaria de Meio Ambiente. Mas, de acordo com a Prefeitura de Marilândia, por exemplo, os produtores trabalham dentro das normas.
“Eu acho que a legislação tem que ser cumprida de qualquer forma. A fumaça gerada pela palha, o orvalho, gera risco à população e acidentes na pista. Nós seguimos a legislação e seguimos utilizando somente lenha seca para secagem do nosso café”, disse o produtor Wellington Feroni.
Preço em alta e safra recorde
Grão do café conilon em fazenda do Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
A colheita do café conilon começou oficialmente em maio, levando otimismo às lavouras do Espírito Santo, o maior produtor nacional. A alta dos preços e a expectativa de uma safra recorde são motivo de animação para os produtores. Por isso, a queima do produto também começa agora e de se estender pelas próximas semanas.
Em 2025, a cotação da saca do café conilon atingiu um recorde histórico, ultrapassando R$ 2 mil por quatro meses. Atualmente, a saca de 60 quilos é vendida a aproximadamente R$ 1.500, um valor ainda considerado atrativo pelos produtores.
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