Futebol em meio ao conflito, donas de casa armadas, ameaças em Chernobyl: como a guerra afeta o cotidiano na Ucrânia

O segundo episódio da série especial “Ucrânia: o Som e a Fúria”, do Fantástico foi ao ar neste domingo (25). Futebol em meio ao conflito, donas de casa armadas, ameaças em Chernobyl: como a guerra afeta o cotidiano na Ucrânia
Em meio aos sons de sirenes e explosões, a vida insiste em continuar na Ucrânia. No segundo episódio da série especial “Ucrânia: o Som e a Fúria”,o Fantástico percorreu o país para mostrar como a guerra afeta o cotidiano de civis, soldados e até jogadores de futebol brasileiros. Veja a reportagem completa no vídeo acima.
Futebol em tempos de guerra
Mesmo em meio à guerra, o futebol segue vivo na Ucrânia. Em Lviv, torcedores frequentam o estádio para assistir ao clássico entre Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev. A atmosfera é de paixão e resistência.
“Claro que me sinto seguro aqui. A gente se acostumou com o esquema de guerra”, diz um torcedor”.
No Shakhtar, nove brasileiros seguem jogando, como Pedrinho, ex-Corinthians, e Kauã Elias, revelado pelo Fluminense.
“É uma porta de entrada para o futebol europeu”, diz Kauã, de 19 anos.
EPISÓDIO 1: Ucrânia: o dia a dia dramático de uma população que luta para sobreviver
Mulheres armadas
Bucha, no subúrbio de Kiev, foi palco de massacre em 2022. Segundo o governo ucraniano, 400 civis foram mortos.
Em resposta, um grupo de mulheres, as “Bruxas de Bucha”, treina para derrubar drones. Elas apenas revelam seus nomes de guerra.
“Desde os meus 6 anos sei manusear armas de fogo, porque venho de uma família de militares. Então decidi me alistar e ser útil” , afirma Kalypso, uma das líderes do grupo.
Chernobyl: da tragédia nuclear à zona militar
A cidade fantasma de Chernobyl, cenário do maior desastre nuclear da história, voltou ao noticiário. Em fevereiro de 2025, um drone russo atingiu a cobertura do reator quatro, o mesmo que explodiu em 1986.
Hoje, a região abriga acampamentos militares ucranianos. Os antigos prédios residenciais foram transformados em alojamentos para soldados. A cobertura, projetada para durar cem anos, resistiu ao ataque, e os níveis de radiação permanecem estáveis.
‘A Rússia adota uma estratégia de medo’
Oleksandra Matviichuk, Nobel da Paz, lidera denúncias contra crimes de guerra russos. “Já registramos 84 mil casos”, afirma.
“A Rússia adota uma estratégia de medo. De propósito, causa males enormes à população civil, pra quebrar a resistência do povo e ocupar o país. A vida normal foi arruinada. Ir trabalhar, encontrar os amigos para um café, abraçar quem você ama, jantar coma família, tudo desapareceu” , afirma.
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