Suspeito preso indica trecho de rio onde corpo de empresário desaparecido foi jogado no interior de SP


Homem participa das buscas por Nelson Carreira Filho junto a equipes do Corpo de Bombeiros nesta sexta-feira (6). Suspeito preso indica trecho de rio onde corpo de empresário desaparecido foi jogado no interior de SP
Reprodução/EPTV
O homem preso nesta quinta-feira (5) em Uberlândia (MG) por suspeita de participação no sumiço do empresário Nelson Carreira Filho, de 43 anos, no interior de São Paulo, indicou o trecho do Rio Grande, em Miguelópolis (SP), onde o corpo da vítima pode ter sido jogado.
Com o avanço nas investigações, o Corpo de Bombeiros reiniciou, no fim da manhã desta sexta-feira (6), as buscas pelo empresário, desaparecido desde 16 de maio. O suspeito, que não teve a identidade divulgada, participa da operação.
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Segundo a Polícia Civil, o homem preso na quinta ajudou Marlon Couto Paula Junior, apontado como responsável por atirar em Nelson, a jogar o corpo da vítima no rio que corta o rancho de Marlon. Marlon, por sua vez, está foragido.
Nelson desapareceu depois de viajar de São Paulo, onde vivia, para Cravinhos (SP), para uma reunião de negócios. A suspeita das autoridades que investigam o caso é de que ele foi morto a tiros na fábrica de suplementos de Marlon, por desavenças no uso de uma marca de um emagrecedor.
Outras duas pessoas estão presas temporariamente após se apresentarem à polícia.
Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos, é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo da vítima em lonas antes de ser jogado no rio. Marcela Silva de Almeida, esposa de Marlon, foi com o marido para São Paulo, no dia seguinte ao desaparecimento, prestar apoio à família de Nelson.
O advogado de Marlon disse que o empresário ainda não se entregou porque foi ameaçado, inclusive com uma tentativa de invasão da casa dele.
Emboscada, assassinato e corpo em rio
A Polícia Civil acredita que Nelson Carreira tenha sido assassinado ao ser atraído para uma emboscada em Cravinhos. Segundo o delegado Heitor Moreira, responsável pela investigação, no dia do crime, um dos suspeitos marcou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima. Todos os funcionários foram dispensados.
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O fato de Tadeu ter marcado a dedetização leva a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo (SP), onde ele morava com a família. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP
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No depoimento à polícia, Tadeu contou que após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis (SP) para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, na terça-feira, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Segundo as investigações, o empresário foi morto por causa de desavenças comerciais: Nelson teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produto para emagrecer que ele tinha patenteado. Nelson estaria cobrando R$ 100 mil do parceiro comercial.
A investigação também apontou que a esposa de Marlon tinha conhecimento sobre o crime, tanto que foi a São Paulo com o marido para buscar Tadeu após o abandono do carro. Eles chegaram a tomar café com a esposa da vítima na tentativa de ajudar a não levantar suspeitas.
Bombeiros fazem busca do corpo de Nelson Carreira Filho no Rio Grande, em Miguelópolis (SP).
Reprodução EPTV
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