Cid confirma denúncia de golpe em interrogatório no STF: ‘Presenciei grande parte dos fatos’


STF começou a ouvir réus do ‘núcleo crucial’ da trama golpista nesta segunda-feira (9). Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24.
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou que a acusação contra os réus de tramar um golpe de Estado no país é verídica, e que ele “presenciou grande parte dos fatos, mas não participou deles”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a ouvir nesta segunda-feira (9) os oito acusados de integrarem o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado em 2022.
Mauro Cid foi o primeiro a falar, porque fechou uma delação premiada com a Polícia Federal.
Ex-ajudante de ordens da Presidência no governo Jair Bolsonaro, Mauro Cid também é acusado pela PGR de fazer parte do “núcleo crucial” junto com Bolsonaro e os outros seis denunciados. Mas, segundo a acusação, tinha “menor autonomia decisória”.
Atuou como porta-voz do ex-presidente, transmitindo orientações aos demais integrantes do grupo. Trocou mensagens com outros militares investigados para obter, inclusive com a ação de hackers, material para colocar em dúvida o processo eleitoral.
Ao longo de maio, a Corte ouviu testemunhas de defesa e acusação. O interrogatório dos réus marca a reta final da fase de instrução do processo penal.
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