Após ciclista atropelar capivara e se ferir no entorno da Lagoa do Taquaral, buracos são flagrados no alambrado do parque


Quem passa pela região de carro, à noite, reclama do tráfego dos animais nas vias ao redor da Lagoa. Equipe da prefeitura começou o reparo na tarde desta segunda-feira (9). Circulação de capivaras ao redor do Parque Taquaral preocupa motoristas em Campinas
Após uma ciclista ficar ferida ao atropelar uma capivara enquanto pedalava pela ciclovia do Parque Portugal, mais conhecido como Taquaral, em Campinas (SP), flagrantes feitos pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram buracos no alambrado do parque.
A mulher atingiu o animal, capotou e caiu da bicicleta com o rosto no chão. Apesar do susto, ela já se recuperou. Não há informações se a capivara precisou de atendimento.
Os buracos foram encontrados próximo ao portão 5 da Lagoa, próximo do ponto em que as capivaras estavam presentes na manhã desta segunda-feira (9). Quem passa pela região de carro, à noite, reclama do tráfego dos animais nas vias do entorno do Parque.
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O advogado Luiz Carlos Caldas conta que já se deparou com uma capivara na via enquanto passava pela região do Taquaral.
“Eu estava passando de carro, ia contornar a rotatória e tinha uma com a cabecinha, né. Eu dei uma brecada, meio assustado, liguei para a Polícia Militar que me encaminhou para a EMDEC”, conta.
Ele relata que foi aberto um protocolo pela empresa, mas nenhum agente compareceu ao local.
“Pensei que viriam rapidamente para evitar algum acidente, mas não apareceram, né, e depois na hora de ir embora tinham quatro [capivaras]”, afirma o advogado.
Após capivaras serem vistas no entorno da Lagoa do Taquaral, buracos são flagrados no alambrado do Parque.
Reprodução EPTV
Buracos e reparos
Na manhã desta segunda-feira, a EPTV flagrou buracos no alambrado próximo ao portão 5, e havia um grupo de capivaras perto do local, dentro do Parque.
Ainda no início desta tarde, uma equipe da prefeitura foi até a Lagoa do Taquaral e começou os reparos nos alambrados.
Equipe iniciou os reparos no alambrado no início da tarde desta segunda-feira (9).
Reprodução EPTV
O que diz a prefeitura?
A prefeitura informou que as capivaras são animais de vida livre e protegidos por legislação federal e, por isso, não podem ser confinadas.
Disse também que monitora, faz o manejo e o controle populacional de capivaras em espaços públicos, com o objetivo de equilibrar e tornar mais sustentável a convivência destes animais com os frequentadores dos parques.
Na Lagoa do Taquaral, é realizado o manejo reprodutivo e a esterilização dos animais já foi concluída. A próxima etapa do programa ocorrerá no Lago do Café.
Sobre o alambrado, a prefeitura informou que o Parque Taquaral tem uma equipe própria de manutenção que fica dentro do espaço da Lagoa. A equipe faz a revisão semanal de todo o alambrado e faz reparos quando necessário.
A prefeitura ressaltou que as capivaras também transitam no local vindas de outros pontos, como a Praça Arautos da Paz. Elas circulam por dentro de galerias pluviais e córregos.
Em relação ao trânsito, a prefeitura informou que os agentes da Emdec atuam para preservar a segurança viária, quando acionados. O procedimento consiste no acompanhamento dos animais para local seguro, fora da via.
Em relação à reclamação do advogado, que alega que acionou a Emdec e nenhum agente foi ao local, a empresa respondeu que seria necessário analisar em quais outros atendimentos os agentes estavam, naquele dia e horário, para avaliar a prioridade.
Sobre a sinalização viária, a equipe técnica vai estudar a viabilidade. A legislação que regulamenta a colocação de placas de advertência para presença de animais nas vias públicas prevê sua instalação principalmente em áreas de preservação ambiental ou onde exista recorrência de sinistros.
No entorno do Parque Portugal, a prefeitura disse que o cenário não se aplica, pois não há histórico significativo de acidentes com animais silvestres. Para exemplificar, a Emdec registrou apenas um acidente com capivara em 2023 e outro em 2024 — em locais distintos da cidade. Em 2025, entre janeiro e abril, nenhum caso foi registrado.
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