
Segundo maior flotador do Brasil, desenvolvido no Departamento de Hidráulica da USP, trata até 95% dos resíduos com mais eficiência e menor impacto ambiental Tecnologia pioneira leva mais eficiência e menor impacto ambiental ao tratamento de esgoto de São Carlos
Crédito: SAAE
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Carlos conta com reforço pioneiro no serviço de tratamento de esgoto da cidade. O segundo maior flotador do Brasil – equipamento que utiliza o princípio da flotação para remover partículas sólidas, óleos e graxas suspensas na água ou efluente -, desenvolvido a partir de um projeto do Departamento de Hidráulica da USP de São Carlos, tem a capacidade de tratar até 95% dos resíduos com mais eficiência e menor dano ambiental.
“A remoção dos microrganismos, a remoção da matéria orgânica, e, principalmente, o fósforo, que eutrofiza os rios e os córregos. A eutrofização é quando os rios começam a ter muitas algas e essas algas retiram todo o oxigênio, comprometendo bastante a vida aquática, dos rios e dos córregos. Mas ela vai ficar no lodo e o lodo é secado, através da caldeira. O lodo vai ser estudo para verificar todos os nutrientes que tem nesse lodo, para aproveitar na agricultura. Então, nós temos uma estação de tratamento que é viável economicamente, ela é autossustentável e ela tem a responsabilidade ambiental e da saúde pública”, explica Dirceu Azzolini Filho, superintendente de Engenharia e Gestão Técnica do SAAE.
O processo, realizado por meio da nova tecnologia, utiliza biogás, gerado a partir do próprio resíduo e de restos de árvores da cidade. Esse mecanismo reduz a possibilidade de contaminação e a estação pode produzir o gás que é consumido.
Rios protegidos
Com a inovação, mananciais são preservados e há melhor qualidade de vida para todo ecossistema
Crédito: SAAE
Com o segundo maior flotador do Brasil em operação, o SAAE de São Carlos investe no tratamento eficiente de esgoto e contribui para a preservação de mananciais importantes para o abastecimento de água da cidade, como o Rio Monjolinho e o Ribeirão Feijão.
A inovação é resultado da combinação de tecnologia e conservação ambiental, possibilitando um cuidado com a água – do esgoto até a nascente – e garantindo um futuro com mais qualidade de vida para todo o ecossistema.