
Médica veterinária destacou que possível causa da morte do animal está ligada a lesão encontrada próxima a asa. Zoológico de Goiânia vai permanecer fechado até divulgação do exame de gripe. Cisnes negros no zoológico de Goiânia
Weimer Carvalho/O Popular
A supervisora do Zoológico de Goiânia e médica veterinária, Jamile França, informou que o cisne negro, que morreu no domingo (8), não apresentou sinais clássicos de influenza na necropsia, um exame que consiste em verificar o corpo do animal falecido para identificar a causa e modo de morte e verificar doenças ou ferimentos.
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A médica veterinária destacou que foi encontrada uma lesão próxima a asa do animal que pode ser uma possível causa da morte. “A gente não sabe se o animal foi predado por outro animal e gerou essa lesão, ou se teve um incidente de briga e aí machucou e, provalvelmente, a causa da morte é essa lesão”, enfatizou.
Em razão do cenário de casos de gripe aviária no país, segundo Jamile, o zoológico e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) optou pela coleta de amostras do cisne envio para exame no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Campinas. O resultado será divulgado em até 10 dias úteis.
“Obedecendo todo esse protocolo, estando atento a tudo que a gente está vivendo nesse momento no cenário de gripe aviária, a gente optou pela coleta do material e o envio, para a gente tirar essa dúvida, não ficar com nenhuma dúvida e colaborar com todo o cenário nacional”, explicou Jamile.
O exame pretende confirmar ou descartar a presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), seguindo os protocolos nacionais de vigilância em saúde animal. A ocorrência foi registrada no Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet), de acordo com a Agrodefesa de Goiás.
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A veterinária sustentou a necessidade do atendimento ao protocolo sanitário em razão da proximidade entre Goiânia e Brasília, onde foi identificado o vírus da gripe aviária em um irerê, uma espécie de pato, no Zoológico de Brasília, segundo divulgou o governo do Distrito Federal no dia 3 de junho.
O cisne negro integrava um plantel com outras 16 aves da mesma espécie do parque. De acordo com a veterinária, todas as aves no zoológico estão sendo monitoradas diariamente, bem como as aves de vida livre que rondam o parque.
“Nenhuma apresentou sintoma, a gente não teve nenhum óbito, é até um motivo a mais para a gente acreditar que não foi influenza”, pontuou Jamile
Fechamento do Zoológico
O Zoológico de Goiânia vai permanecer temporariamente fechado até a divulgação do resultado do exame do cisne negro, pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Campinas. A previsão é que isso seja feito em até 10 dias úteis.
A providência atende às medidas zoossanitárias necessárias, segundo os protocolos do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), segundo informou a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
“É um protocolo padrão. Toda vez que tem uma notificação (de caso de gripe aviária), faz o isolamento do local, o fechamento do local, que é uma maneira também da gente não trazer vírus, e se, por ventura, tiver vírus circulante aqui, a gente não dissemina pra fora”, concluiu Jamile.
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