Nessa segunda-feira (9), foi celebrado o Dia Nacional da Imunização, entretanto, com mais motivos para alerta do que para comemoração. No caso da vacina que busca prevenir síndromes respiratórias, a meta é imunizar 90% da população dentro de grupos prioritários. Vacinas são a principal ferramenta para o controle e até erradicação de doenças
Luan Martins/Sesacre
Em meio ao aumento dos casos de síndromes respiratórias e a baixa cobertura da imunização contra o vírus influenza – com apenas 43% –, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) reforçou a importância das vacinas. Nessa segunda-feira (9), foi celebrado o Dia Nacional da Imunização, entretanto, com mais motivos para alerta do que para comemoração.
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Durante o inverno amazônico, os casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) tiveram um aumento exponencial e causaram a lotação dos leitos de enfermaria e Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Hospital da Criança, em Rio Branco, além de alta nos atendimentos em outras unidades.
A coordenadora do Plano Nacional de Imunizações (PNI) no Acre, Renata Quiles, ressaltou que a baixa cobertura vacinal segue como o principal obstáculo no combate às infecções. Com a data nacional de conscientização sobre os imunizantes, Quiles destaca que a procura do público pela proteção é essencial.
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“Através da vacinação conseguimos controlar e até erradicar doenças que ainda ocorrem em outras regiões do país. Um exemplo é o sarampo, que não registra casos no Acre desde o ano 2000. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é uma das que possui maior cobertura no estado”, enfatizou.
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Preocupação com a influenza
No caso da vacina que busca prevenir síndromes respiratórias, a meta é imunizar 90% da população dentro de grupos prioritários, que incluem crianças, idosos, gestantes, trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades.
Em janeiro deste ano, o estado correu risco de perder mais de 200 mil doses da vacina devido à baixa procura. Somente na capital do estado, são quase 30 mil doses que poderiam parar no lixo.
Mesmo prorrogando a campanha de vacinação contra a influenza até 31 de janeiro, o Acre aplicou, até aquele mês, menos de 100 mil doses da vacina. Isso corresponde a uma cobertura de apenas 22,09% do grupo prioritário.
No Acre, a campanha de vacinação contra a gripe ocorre no mês de setembro, devido às peculiaridades climáticas da região. Entretanto, a vacina está disponível nas unidades de saúde durante todo o ano.
Outras imunizações
O PNI também destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 32 vacinas, 12 soros e quatro imunoglobulinas para diferentes fases da vida, desde bebês até idosos, em 229 salas de vacina espalhadas pelo estado.
O imunizante contra a covid-19 é outro que está disponível regularmente nos postos de saúde. As pessoas com imunidade baixa (imunocomprometidos) devem se vacinar a cada seis meses. Outros grupos devem receber a dose uma vez por ano, incluindo:
Pessoas vivendo em instituições de longa permanência;
Indígenas e ribeirinhos;
Puérperas não vacinadas durante a gestação;
Trabalhadores da saúde;
Pessoas com deficiência permanente ou comorbidades;
População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;
Pessoas em situação de rua.
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