
Ataque nesta quinta deixa uma série de sequelas e enfraquece tentativa de paz na Ucrânia. Serviço secreto de Israel faz ataque infiltrado de drones no Irã antes de bombardeio contra instalações nucleares em 13 de junho de 2025. A operação secreta não teve data divulgada.
Mossad via Reuters
O ataque de Israel ao Irã, no fim da noite desta quinta-feira (12), horário de Brasília, deixa uma série de vítimas simbólicas mundo afora e tem desdobramentos imprevisíveis. A avaliação é do time que toca a agenda internacional de Luís Inácio Lula da Silva.
Neste momento, o Brasil compra a narrativa de que o presidente americano, Donald Trump, não participou da ofensiva. Para os diplomatas do Planalto, o líder dos Estados Unidos sai, inclusive, menor do episódio. Perde força como “xerife global” e influenciados dos atos de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense.
“Trump negocia um acordo nuclear com o Irã, que agora fica obrigado a dar uma resposta ao ataque israelense, até para ter um discurso interno. A frente de negociação fica abalada. Mais: a guerra da Rússia na Ucrânia fica, neste momento, em segundo plano, assim como a tentativa de Trump de se mostrar como um negociador da paz. Ele sai menor desse episódio”, avalia a fonte diplomática.
O Irã, oficialmente, nega ter enviado os cerca de cem drones que foram barrados pelo domo de ferro israelense e promete resposta efetiva em breve.
A escalada do impasse no Oriente Médio também coloca em xeque a ideia de que Netanyahu é guiado pelo líder americano. “Trump não tem interesse nessa nova frente de guerra, nem a Europa. A tentativa de reorganizar o continente foi pro beleléo, porque todo o foco nos próximos dias vai ser nisso: Irã versus Israel.”
Há, ainda, um outro efeito colateral nocivo: a sensação de que há descontrole bélico mundo afora num momento em que, por exemplo, há “estranhamento” entre Índia e Paquistão.
Israel x Irã: veja como ficou espaço aéreo após ataque