Brasil vai assumir representações da Argentina e Peru na Venezuela

Mais de uma semana após as eleições na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral ainda não publicou os registros oficiais de votação.

Nesta segunda-feira (5), o Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, confirmou que chegou a um acordo com o Brasil, para que representantes brasileiros fiquem temporariamente com a custódia das instalações das Missões Diplomáticas da Argentina e do Peru, em Caracas, incluindo bens, arquivos e a representação dos dois países em território venezuelano.

Enquanto isso, a União Europeia divulgou na noite desse domingo (4) que também não reconhece os resultados eleitorais na Venezuela e que as missões internacionais de observação afirmam claramente que as eleições presidenciais de 28 de Julho não cumpriram os padrões de integridade.

De acordo com o comunicado da União Europeia, cópias dos registros de votação publicados pela oposição e revistos por organizações independentes, indicam que o opositor Edmundo González seria o vencedor por uma “maioria significativa”.

O bloco europeu também saudou os esforços de parceiros regionais na América Latina, que buscam o diálogo e uma solução negociada para a crise.

No sábado (3), França, Itália, Alemanha, Espanha, Países Baixos, Polônia e Portugal divulgaram nota conjunta pedindo às autoridades venezuelanas que tornem públicas as atas e que respeitem a vontade do povo venezuelano.

No mesmo dia, milhares de pessoas saíram às ruas na Venezuela, tanto em apoio ao presidente Nicolás Maduro, quanto ao lado da ex-deputada María Corina Machado e do opositor Edmundo González. Os líderes dos dois lados comemoram nas redes sociais o apoio recebido.

De acordo com a organização não governamental de direitos humanos, cerca de mil pessoas já foram presas em manifestações contra Nicolás Maduro desde a semana passada.

Já o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela emitiu, também nesse final de semana, um segundo boletim oficial, indicando a totalização de mais de 96% de apuração, com uma participação de quase 60% dos eleitores.

Supporters of Venezuelan President Nicolas Maduro attend a march amid the disputed presidential election, in Caracas, Venezuela August 3, 2024. Reuters/Maxwell Briceno/Proibida reprodução

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