
Em 2025 serão comemorados os 100 anos de jornal O Globo, 60 anos de TV Globo e 10 anos de Globoplay. 2025 é um ano muito importante, de muito orgulho, para todos que trabalham na Globo. É o início de uma comemoração especial: os 100 anos do maior grupo de comunicação do Brasil. Uma trajetória que começou com o sonho de um jornalista e vem há um século contando histórias brasileiras em jornais, revistas, rádios, na TV e na internet.
Em julho de 1925, Irineu Marinho deu início a uma revolução na comunicação brasileira que ainda hoje aponta para o futuro e que será celebrada durante todo o ano.
O futuro começa todo dia, a qualquer momento e em todo lugar. Mas como contar 100 anos de história?
Há um século, o leitor tem um companheiro inseparável: a tradição do jornal impresso. E há quase 30 anos, cada vez mais, o leitor tem uma opção moderna, digital.
O que a gente vê hoje em tantas telas nasceu da paixão de um jornalista pelo Brasil: Irineu Marinho. Foi ele que há 100 anos lançou o marco do que seria o maior grupo de comunicação do país e um dos maiores do mundo.
Largo da Carioca, centro do Rio — na época, capital da República. A história de O Globo começou lá. O prédio da primeira redação do jornal não existe mais. Mas o sonho que nasceu no coração da cidade permanece vivo. Irineu Marinho estava decidido: queria um jornal diferente, moderno, com o Brasil como fonte de inspiração e sempre a serviço dos brasileiros. Desde o exemplar número 1.
Pedro Bial é o criador do documentário que vai contar essa história, e que será exibido no Globoplay e na TV Globo.
“O Irineu Marinho queria fazer um jornal que trabalhasse pela notícia para a população. Desde o primeiro momento, a sintonia com as classes populares, a classe média e o gosto popular em si. Tanto que antes de lançar o novo jornal, Irineu Marinho promove uma enquete popular, uma votação, para decidir o nome do jornal. E ‘O Globo’ chega em segundo lugar”, conta Bial.
Correio da Noite foi o mais votado. Mas o nome já tinha sido registrado. “Para sorte nossa, porque ‘O Globo’ é muito melhor?”, brinca o jornalista.
O primeiro exemplar circulou no dia 29 de julho de 1925. Na manchete, a viagem do empresário americano Henry Ford ao Pará e o interesse dele na matéria-prima brasileira para produção de pneus.
Também na primeira página, a foto de um buraco que infernizava a vida dos moradores na Zona Norte do Rio. Era a prestação de serviço público. Uma marca de O Globo desde a primeira edição.
Menos de um mês depois da fundação, o inesperado: Irineu Marinho morreu de infarto, aos 49 anos. Roberto Marinho, filho mais velho e então com 20 anos, era repórter de O Globo.
Em 1931, aos 26 anos, depois de acumular experiência em todas as áreas, ele assumiu o cargo de diretor-redator-chefe do jornal. Na Revolução de Trinta, o repórter Roberto Marinho conseguiu um flagrante da deposição do último presidente da República Velha, Washington Luís.
“Para pegar o carro com o presidente saindo, com a tecnologia das câmeras da época, até poderia pegar um carro em movimento. Mas dificilmente teria definição para você ver quem estava dentro do carro, a qualidade”, diz Bial.
“O que faz Roberto Marinho? Ele espalha galhos na estrada que sai do palácio e barra o caminho do presidente. O carro para. Enquanto estão tirando os galhos para o carro avançar, a foto é tirada.”
Logo surgiu a ideia de investir numa modalidade nova de comunicação, e as palavras ganharam voz.
O furo jornalístico, a criatividade e o comprometimento das primeiras equipes inspiram todas as gerações de profissionais que trabalharam e trabalham para O Globo — e que cobriram os acontecimentos mais importantes da humanidade.
Em um século, a tecnologia fez uma revolução. É só observar os editores, fotógrafos e repórteres do jornal transmitindo notícias e imagem em tempo real para a redação, para o site e para o aplicativo de O Globo.
E, hoje, a inovação usa inteligência artificial. Em um clique, a máquina faz um resumo da reportagem para te ajudar. Não à toa, o projeto foi batizado de Irineu.
Jornal O Globo
Reprodução/Jornal Nacional
TV Globo
Das sementes plantadas por Irineu e Roberto Marinho há um século, nasceram árvores que cresceram fortes e renderam muitos frutos. A paixão pela comunicação e o compromisso com o Brasil, presentes no DNA dos pioneiros, tornaram possível a conexão de todo o país de uma forma jamais imaginada.
Quando Roberto Marinho inaugurou a TV Globo, em 1965, a televisão no Brasil existia há quase 15 anos. Desde o início, a emissora teve e tem uma programação baseada em entretenimento, esportes e jornalismo.
A enchente histórica no Rio, em 1966, foi um marco. A cobertura jornalística ajudou a criar uma corrente de solidariedade às vítimas e à reconstrução da cidade. Três anos depois, mais uma inovação: a estreia do Jornal Nacional, o primeiro telejornal em rede do país.
Logo a recém-formada Rede Globo se tornou o ponto de encontro de milhões de brasileiros que se informam e se divertem todos os dias. Desde os tempos de “Irmãos Coragem”, novela de Janete Clair. O gênero virou paixão nacional.
Emoção também no esporte e cantando com o Brasil. O Brasil e o mundo em destaque. Histórias incríveis em todos os cantos do planeta. Histórias inspiradoras no Brasil rural e no Show da Vida. Tem notícia em todas as telas, tem notícia que nunca desliga. E que, quando é urgente, entra a qualquer momento.
Em 2 de outubro de 1995, um passo decisivo rumo ao futuro. O jornalista Roberto Marinho inaugurou os Estúdios Globo, o antigo Projac. O maior complexo de estúdios para a produção de TV no país.
A TV Globo completa 60 anos de história em abril deste ano. Sem interrupção, nem durante a pandemia.
“Nós tivemos que tomar todo cuidado para manter você informado sobre os fatos e protegido das fake news. Mas acontece que, também como outras categorias, o dever profissional não afastou a gente dos medos, das angústias, das aflições que são comuns a todos”, disse William Bonner no Jornal Nacional em 10 de junho de 2021.
“Jornalista trabalha firme, mergulha na notícia, cumpre o dever de informar. Jornalista pode até passar uma imagem de que faz isso tudo com facilidade, como se fosse invencível, sem medo de adoecer, sem cansaço, sem saudade. Mas não”, continuou Bonner.
“Nós somos jornalistas e estamos aqui por você. Pelo nosso país. Cada um de nós. É a nossa missão. É como a gente pode ajudar”, completou Renata Vasconcellos.
Globoplay
Há 10 anos, com o Globoplay, você escolhe o que quer ver, na hora que quiser ver.
O primeiro longa original Globoplay, “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, levou mais de 3 milhões de pessoas às salas de cinema, conquistou sete prêmios em festivais internacionais e tem duas indicações ao Globo de Ouro: melhor filme de língua não inglesa e melhor atriz de drama, para Fernanda Torres.
O filme também está na lista dos 15 longas que serão escolhidos para concorrer ao Oscar de melhor filme internacional.
Como a evolução não para, séries, documentários e novelas ganharam o MG4, o maior estúdio de produção virtual da América Latina. O realismo está nos detalhes.
Negócios
Roberto Marinho Neto, CEO da Globo Ventures, o braço de investimentos do Grupo Globo, destaca a preocupação constante da Globo com a inovação e a diversificação dos negócios.
“Acho que a gente está comemorando nossos 100 anos de história e já pensando nos próximos 100 com muito otimismo. Há 60 anos, na inauguração da TV Globo, o meu avô mencionou que uma empresa nunca está pronta”, afirma.
“Então, essa inquietude, essa busca por sempre inovar e essa melhoria contínua é o que nos move, é o que faz com que a Globo seja uma empresa que está tentando sempre estar numa fase melhor do que ela esteve. O sucesso nunca nos satisfaz, a gente tá sempre atrás de mais sucesso.”
Um século de relevância do legado de Irineu e Roberto Marinho. Legado que se mantém com o compromisso das novas gerações.
“Continuamos apostando nos empreendedores brasileiros, continuamos apostando na economia brasileira. Somos uma empresa brasileira feita por brasileiros para brasileiros”, diz Roberto Marinho Neto.
“Entendemos que a Globo só dá certo com o Brasil dando certo. Então, nosso otimismo com o Brasil, nosso otimismo com o nosso mercado, é o que continua nos movendo para frente. Acreditamos que podemos ter uma história de sucesso nos próximos 100 anos como tivemos nos últimos 100 anos.”
Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, ressalta que a evolução da tecnologia traz novos recursos, sempre a serviço da missão principal: contar boas histórias e levar informações relevantes para os brasileiros. Seja no streaming, na TV ou em O Globo.
“O jornal não para de investir em inovação, atualmente aplicando inteligência artificial, entre várias outras inovações. A gente quer que o nosso conteúdo — seja ele em jornal, seja nas revistas, no rádio, na televisão, no streaming — esteja na mão dos brasileiros onde e quando eles quiserem consumir. Isso requer um investimento permanente da Globo em tecnologia e inovação. Enfim, para aprimorar os nossos produtos”, explica.
“O nosso foco é contar boas histórias e, para fazer isso, nós acreditamos no talento brasileiro. Então, a outra vocação da Globo ao longo da sua história é apostar no talento brasileiro, na cultura brasileira, nas histórias brasileiras e na contribuição que nós acreditamos que o Brasil tem a dar ao mundo.”
Conteúdos que, em breve, estarão ainda mais próximos dos brasileiros com a TV 3.0.
“É uma nova revolução”, diz Paulo Marinho.
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