Programa de Aceleração da Transição Energética quer evitar crises

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O presidente Lula sancionou, nesta semana, a lei que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética, com previsão de recursos para a mudança de fontes de energia para que o país cumpra o Acordo de Paris para evitar as crises climáticas.

O especialista Clauber Leite, diretor de Sustentabilidade e Bioeconomia do Instituto E+ Transição Energética, explica a importância das mudanças das fontes de energia no atual contexto do planeta:

” O que a ciência tem chegado à conclusão? E já é claro e com evidências que o planeta está aquecendo por conta da emissão desses gases. Então o que precisa ser feito? A redução da emissão desses gases. A gente precisa se adaptar a essa nova condição e reduzir e mitigar os impactos dessa ação humana no planeta.”

Clauber Leite ressalta a importância de medidas que o Brasil vem tomando, como o Programa de Aceleração da Transição Energética, o PATEN,  que prevê a criação do Fundo Verde e de transações de débitos tributários para investimento em desenvolvimento sustentável. O diretor do Instituto E+ avalia a importância deste programa brasileiro, mas ressalta que ele também tem que garantir que esta transição favoreça a população:

“Que haja, como tem no programa, fomenta projetos de descarbonização e inovação tecnológica, instrumentos de financiamento inovador ,foco em energia renovavel, e isso existe no PATEN, e isso é positivo, mas ele ficou devendo em algumas coisas, por exemplo, a gente precisa considerar que essa transição precisa ser acessível às pessoas, então a gente precisa sim de uma energia limpa, mas a gente precisa de uma energia que seja mais barata.”

Clauber Leite ressalta que é preciso que país busque outros instrumentos para cumprir as metas de redução de emissão de gases e se manter com uma matriz energética limpa. A meta anunciada pelo governo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 67% em 2035.

Nesta semana, o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do Acordo de Paris, que busca evitar o aumento da temperatura global do planeta. Em sua agenda negacionista, Trump também decidiu ampliar a exploração de petróleo e o fim dos incentivos para os veículos elétricos.

Frente a expectativa de enfraquecimento da agenda global contra as mudanças climática, Clauber Leite avalia que o momento pode também ser uma oportunidade para o Brasil:

“A gente não pode pensar somente em termos tecnológicos. A gente tem que pensar em como isso vai agregar valor para a nossa sociedade, como isso vai gerar novos empregos. Então, esse programa de aceleração da transição energética precisa ver essa questão de desenvolvimento socioeconômico e social também. 

O novo Programa de Aceleração da Transição Energética vai priorizar o desenvolvimento de tecnologias e combustíveis que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, como o etanol, biodiesel e o gás natural.

O Programa também prevê prioridade para a expansão da geração de energias renováveis, como a solar e eólica.

Usina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí, no Ceará (CE)

© Divulgação/Ari Versiani/PAC

Meio Ambiente Para especialista a transição deve favorecer a população Brasília 24/01/2025 – 20:43 24/01/2025 – 20:43 Rafael Gasparotto / Beatriz Arcoverde Gésio Passos – Repórter da Rádio Nacional Programa de Aceleração da Transição Energética Paten sexta-feira, 24 Janeiro, 2025 – 20:43 3:49

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