Inscrições abertas para qualificação audiovisual de jovens indígenas com bolsas e formação profissional


A iniciativa tem como objetivo fortalecer a cultura e as vozes da floresta. Projeto de Formação Audiovisual vai qualificar jovens indígenas
Divulgação
Estão abertas as inscrições para o projeto Formação Audiovisual Indígena (FAI) 2025, que tem como objetivo qualificar profissionais indígenas na produção audiovisual. Com 200 horas de curso e bolsas de ajuda de custo no valor de R$ 200, a iniciativa busca amplificar as vozes indígenas e destacar as realidades da floresta através da arte.
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Jovens indígenas de Alter do Chão e região, com idades entre 16 e 30 anos podem fazer inscrição até o dia 15 de fevereiro. Basta preencher o formulário eletrônico disponível aqui.
O projeto é realizado pela Pajé Filmes e Pira Produções, em parceria com a Escola Indígena Borari, Associação Indígena Borari de Alter do Chão (AIBAC) e o Instituto Regatão Amazônia, com apoio da Lei Paulo Gustavo (Edital de Formação Audiovisual nº 008/2024).
O curso oferece uma abordagem transdisciplinar, com foco no Cinema Artivista e no Cinema de Beira, que dão voz a comunidades ribeirinhas e periféricas. Os alunos terão a oportunidade de apresentar suas obras em um evento cultural ao final do curso, reforçando a valorização da economia criativa local e da cultura indígena.
“Muitos jovens comunitários locais têm interesse em se aperfeiçoar na área do audiovisual, o que representa uma oportunidade de fortalecimento para as produções culturais da região. O aprendizado desses jovens, especialmente os indígenas da Amazônia, contribuirá para gerar empregos, preservar a cultura e promover a conscientização ambiental”, afirmou o diretor da Pajé Filmes, produtor e instrutor do FAI, Thiago Vargas.
Inclusão social e defesa de direitos
A proposta do FAI 2025 vai além de ensinar técnicas audiovisuais. O objetivo é capacitar os participantes a criar obras que promovam a conscientização ambiental, a inclusão social e a defesa de direitos. O curso será dividido em 10 módulos e combina teoria e prática, abordando temas como crise climática, gênero e história oral.
“O audiovisual é uma ferramenta poderosa para dar visibilidade a discursos e corpos periféricos”, disse o diretor da Pira Produções, produtor e instrutor do FAI, Gabriel Licata.
Com instrutores renomados como Neca Borari, cacique e líder do Cacicado Indígena Borari Resistente, o projeto se configura como uma ponte entre o tradicional e o contemporâneo, contribuindo para a resistência cultural e ambiental.
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