Justiça concede liberdade provisória para advogado, ex-policial civil e empresários suspeitos de sequestrar e agredir jovem em Garanhuns


Homens terão que cumprir medidas cautelares e usar tornozeleira eletrônica. Polícia Civil continua investigações. Fórum de Garanhuns
Reprodução/Google Street View
O advogado, o ex-policial civil e os dois empresários presos em flagrante pelo sequestro e a agressão do jovem de 26 anos foram liberados após audiência de custódia. Os quatro homens foram presos em flagrante na terça-feira (25) durante uma operação da Polícia Civil.
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A audiência foi conduzida pela juíza Zélia Maria Pereira de Melo, titular do Polo de Audiências de Custódia de Garanhuns. O g1 obteve acesso ao documento do Tribunal de Justiça de Pernambuco e na decisão, foi concedido a liberdade provisória aos quatro homens. Agora, eles terão que cumprir medidas cautelares e usar tornozeleira eletrônica.
Dentre as medidas impostas, os homens deverão comparecer à Justiça e à autoridade policial sempre que solicitados, não podem mudar de endereço sem comunicação prévia, estão proibidos de consumir bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas e não podem deixar a cidade por mais de 15 dias sem autorização judicial.
A investigação da polícia havia apontado que a vítima foi sequestrada pelos quatro homens no bairro Boa Vista na segunda-feira (26). Durante o sequestro, o jovem foi amarrado em uma árvore e forçado a entrar em um veículo por homens armados. A motivação preliminar para o crime teria sido porque o rapaz havia furtado a residência de um familiar do advogado. Foram apreendidas armas, munições, coldres, celulares e uma camisa da polícia.
Armas, munições, coldre e camisa da polícia civil foram apreendidos com suspeitos de sequestrar jovem
Reprodução
Segundo os delegados Paulo Bicalho e Victor Hugo, a vítima foi localizada no município de Quipapá, na zona da mata sul, há 61 quilômetros de Garanhuns. O jovem conseguiu pedir socorro e foi encaminhado para um hospital municipal da cidade com vários ferimentos provocados por agressões físicas.
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A Polícia Civil disse que as investigações continuam para apurar outros possíveis envolvidos e demais detalhes do caso. Por meio de nota, a Ordem dos Advogados (OAB) de Garanhuns disse que a prisão não está relacionada ao exercício da advocacia, mas que prestou todo o apoio necessário e reafirmou seu compromisso com a classe.
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