
Renovação do serviço ofertado entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) foi anunciada pelo governo do Tocantins. Embarcações têm capacidade de transportar de cinco a oito passageiros por viagem. Embarcações fazem travessia entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA)
Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
O contrato do governo do Tocantins com os barcos que fazem travessia pelo Rio Tocantins entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) foi renovado por mais três meses. O serviço passou a ser ofertado após a o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre o Tocantins e o Maranhão.
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O serviço funciona diariamente das 5h às 19h, exclusivamente para o transporte gratuito de pessoas entre as margens do rio. A gratuidade do serviço foi ofertada de forma emergencial em janeiro deste ano. Esta é a terceira vez que a medida é renovada.
Os barcos, também chamados de voadeiras, têm capacidade de transportar de cinco a oito passageiros por viagem. Os condutores das embarcações fazem parte da Associação dos Barqueiros de Aguiarnópolis.
A renovação do serviço feita pela Agência Tocantinense de Regulação, Controle e Fiscalização (ATR), em parceria com a Prefeitura de Augustinópolis, recebeu aporte financeiro de uma emenda parlamentar no valor de R$ 300 mil concedida pelo deputado estadual Valdemar Júnior (Republicanos).
Conforme o governo do estado, além da travessia por barcos, outras ações foram adotadas para garantir segurança e mobilidade na região do Bico do Papagaio, como a reestruturação de rotas alternativas por rodovias estaduais e a formalização de um Termo de Cessão de Uso ao governo federal, solicitando ao DNIT a manutenção das condições dessas vias provisórias.
Travessia também é feita por balsas
A travessia por balsa, contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), também segue operando gratuitamente para o transporte de pessoas e veículos entre os dois municípios.
No último dia 10 de abril a Marinha do Brasil apontou que as balsas estavam operando acima da capacidade e determinou a adequação aos limites estabelecidos na documentação legal das embarcações, para preservar a segurança dos passageiros e da navegação. A medida agravou o congestionamento de veículos pesados na região.
Segundo a Marinha, a limitação do número de veículos por viagem não é uma decisão nova ou uma alteração determinada pela fiscalização, mas busca-se cumprir os limites previstos nas características técnicas das próprias embarcações.
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Relembre o desabamento
A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. Ao todo 18 pessoas sofreram o acidente, sendo que um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 morreram e três ainda estão desaparecidas.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.
No desabamento caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.
As partes restantes da ponte foram implodidas no dia 2 de fevereiro. Imagens aéreas feitas por drone registraram o momento exato que os explosivos foram acionados e levaram a estrutura ao chão.
Os escombros da antiga ponte foram retirados e as obras para a nova estrutura estão em andamento. A previsão é de que a nova ponte, com custo de R$ 172 milhões, seja finalizada até o dia 22 de dezembro de 2025.
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