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18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Diante da importância do tema, a data, que está celebrando 25 anos, foi estendida. Ganhou a cor laranja de alerta e uma agenda para todo o mês de maio, com ações para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa dos direitos desses brasileiros.
Os números são alarmantes. De acordo com o Fórum Nacional de Segurança Pública, a cada seis minutos acontece um estupro no Brasil. E em mais de 80% dos casos as vítimas são meninas, a maioria negra. São casos que machucam não só o corpo, mas a alma, roubando a inocência e o futuro das vítimas.
Entre as iniciativas da sociedade civil para combater esse tipo de crime, o projeto “Eu Me Protejo”, fundado pela jornalista e ativista social Patrícia Almeida e a psicóloga Neusa Maria, ensina crianças e pessoas com deficiência a preservarem seus corpos.
Por meio de cartilhas, livros, poemas, apresentações musicais e teatro de fantoches, o programa serve de apoio às famílias e aos educadores. Patrícia Almeida defende que a prevenção aos abusos é urgente.
“Assim com a gente ensina a criança a atravessar a rua, a gente deve ensinar desde muito cedo que o corpo dela é dela e ninguém pode tocar, e quais as situações de risco. Ela tem que saber também que deve contar para uma pessoa de confiança no caso de algo acontecer. E que a culpa nunca é dela”.
A ativista também destaca o papel da família e da escola no combate à violência sexual: “prevenção contra todo tipo de violência tem que começar desde cedo. Claro que a família tem um papel importante nisso, mas se a gente considera que quase 65% dos estupros de vulneráveis estão dentro de casa, e 86,4% dos agressores são familiares ou conhecidos, fica muito claro que a educação para a prevenção tem que estar na escola, desde a creche”.
A educadora e escritora Sheilly Caleffi se une à campanha do Maio Laranja, somando esforços pela erradicação desse crime brutal contra nossas crianças.
“A gente tem em média um estupro a cada 6 minutos no nosso país. E ele acontece essencialmente com meninas com menos de 13 anos. E com meninos também. Se a gente não faz algo para mudar essa realidade, ela não vai mudar sozinha. Porque está intrinsicamente relacionado a nossa cultura, que permite a violência contra crianças e adolescentes”, diz a profissional.
O dia 18 de maio foi escolhido para a campanha Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes para lembrar a pequena Araceli. Em 1973, aos 8 anos de idade, ela foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta em Vitória, no Espírito Santo.
Mas a iniciativa precisa ser cotidiana, através da vigilância de toda a sociedade aos sinais de que nossos pequenos estão sendo alvos de abusadores.
Cada um precisa fazer a sua parte: ligar para o Disque 100, serviço que funciona 24 horas por dia, de segunda a segunda, recebendo denúncias de violações de direitos humanos no Brasil.
*Em adesão ao Maio Laranja, a Radioagência Nacional publica, a cada segunda-feira deste mês, uma reportagem sobre o combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.

Direitos Humanos Profissionais destacam importância de educar para prevenir Rio de Janeiro 05/05/2025 – 12:10 Vitória Elizabeth/ Sumaia Villela Solimar Luz – repórter da Rádio Nacional abuso sexual de crianças maio laranja Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes segunda-feira, 5 Maio, 2025 – 12:10 4:30